Os 7 pecados capitais, 3 - LUXÚRIA - James Bond

OS SETE PECADOS CAPITAIS, 3: LUXÚRIA – JAMES BOND
Miguel Carqueija


Luxúria é o pecado da carne. A concupiscência, representada por toda a sorte de desregramentos no comportamento sexual, desde os pensamentos desregrados até os atos de libertinagem e desvios sexuais. A libertinagem e a pornografia, o erotismo desenfreado, incitam pelo mundo afora, e pelos meios de comunicação, esse pecado que é de todos o mais insidioso e que cada vez mais vem atingindo os jovens, até mesmo crianças que cedo aprendem a falar sujeiras, o que já é um passo para vir a praticá-las. A luxúria opõe-se à inocência e à pureza de costumes e, provavelmente, nos dias atuais é o pecado que mais afasta as pessoas de Deus e consequentemente, da bem-aventurança na outra vida. Torna-se uma espécie de idolatria.
Note-se que o sexo em si não é uma coisa suja, muito pelo contrário, é uma coisa santa. Mas, os luxuriosos sujam o sexo.
James Bond, ou o Agente 007, é um espião fictício criado pelo autor britânico Ian Fleming (1917-1964) em 1953, personagem de uma série de romances. Quando surgiu a franquia cinematográfica em 1962, tornou-se logo uma coqueluche. Até hoje a franquia está ativa apesar da inverossimilhança do personagem, ou mesmo por causa dela; pois na vida real os agentes do Serviço Secreto Britânico nem de longe são tão mirabolantes. Bond é conhecido por seus recursos tecnológicos incríveis (que lhe são fornecidos pela agência) e por enfrentar terríveis inimigos, dando até uma de messias ou salvador do mundo.
No entanto não é um personagem lá muito sadio, é um tipo machista, um garanhão que vive seduzindo mulheres de aparência sensual que vai conhecendo em suas aventuras sem se fixar em nenhuma. O filme “O espião que me amava”, por exemplo, começa com o surgimento de uma emergência qualquer (não recordo mais o que era) e o diretor do serviço secreto vai logo perguntando: “Onde está 007?” Bem, sabem onde ele estava? Na cama com uma mulher. Essa galinhagem atravessa a série. Numa pequena biografia de Fleming que li faz muito tempo (na revista Seleções) observa-se que ele nunca entendeu bem das mulheres. Daí o pouco caso com que elas são tratadas, vistas como objetos sexuais.
Bond é, pois, um caso típico de pecado de LUXÚRIA.

Rio de janeiro, 27 de junho de 2017.

imagem: Sean Connery, tido como o melhor intérprete do personagem.