MOTIVO JOSÉ

Tudo o que sabemos sobre o marido de Maria e pai adotivo de Jesus vêm das Escrituras e isso tem parecido muito pouco para aqueles que criaram lendas sobre ele.

“Diz-se que se casou com Maria aos 30 anos de idade e, por seu caráter, foi escolhido a dedo por Deus para guardar a virgindade de nossa mãezinha Maria. Diz-se também que morreu aos 60 anos de idade, antes do início da vida pública de seu Filho Jesus Cristo.

Sabemos que ele era um carpinteiro, um trabalhador, tanto que, em Nazaré, perguntaram em relação a Jesus, "Não é este o filho do carpinteiro?" (Mateus 13,55). Ele não era rico, tanto que, quando ele levou Jesus ao Templo para ser circuncidado, e Maria para ser purificada, ele ofereceu o sacrifício de um par de rolas ou dois pombinhos, permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro (Lucas 2,24).

Apesar de seu humilde trabalho e suas condições, José veio de uma linhagem real. Lucas e Mateus marcam sua descendência a partir de Davi, o maior rei de Israel (Mateus 1,1-16 e Lucas 3,23-38).

Realmente o anjo que primeiro conta a José sobre Jesus o saúda como "filho de Davi," um título real usado também para Jesus. Sabemos que José foi um homem compassivo, carinhoso.

Quando ele soube que Maria estava grávida após estarem para se casar, ele soube que a criança não era dele mas, desconhecia, até então, que ela estava carregando o Filho de Deus. Ele planejou separar-se de Maria de acordo com a lei, mas temeu pela segurança e o sofrimento dela e do bebê. Ele sabia que mulheres acusadas de adultério podiam ser apedrejadas até a morte, então ele decidiu deixá-la silenciosamente e não expor Maria a vergonha ou crueldade (Mateus 1,19-25).

Sabemos que José foi um homem de fé, obediente a tudo o que Deus pedisse a ele sem preocupar-se com os resultados. Quando o anjo apareceu a José em um sonho e contou-lhe a verdade sobre a criança que Maria estava carregando, José imediatamente e sem questionar preocupar-se com fofocas, tomou-a como esposa.

Quando o anjo reapareceu para dizer-lhe que sua família estava em perigo, ele imediatamente deixou tudo o que possuía, todos os seus parentes e amigos, e escapou para um país estranho, desconhecido, com sua jovem esposa e o bebê. José, aguardou no Egito sem questionar até que o anjo disse a ele que já era seguro retornar (Mateus 2,13-23).

Sabemos que José amava Jesus. Sua única preocupação era com a segurança desta criança confiada a ele. Ele não apenas deixou seu lar para proteger Jesus, mas na ocasião de seu retorno fixou residência na obscura cidade de Nazaré sem temer por sua vida.

Quando Jesus ficou no Templo, José (junto com Maria) procurou por ele com grande ansiedade por três dias (Lucas 2,48). Sabemos também que José tratava a Jesus como seu próprio filho tanto que as pessoas de Nazaré constantemente repetiam com relação a Jesus, "Não é este o filho de José?" (Lucas 4,22).

Nós sabemos que José respeitava e temia a Deus. Ele seguiu as Suas ordens ao lidar com a situação de Maria (mãe solteira em tese) e ao ir a Jerusalém para Jesus ser circuncidado e Maria purificada após o nascimento de Jesus.

Ele levava sua família há Jerusalém todo ano para a Páscoa, algo que não poderia ter sido fácil para um trabalhador.

Já que José não aparece na vida pública de Jesus, em sua morte, ou ressurreição, muitos historiadores acreditam que José provavelmente havia morrido antes que Jesus iniciasse seu sacerdócio.

José é o patrono dos condenados à morte, porque se presumindo que ele morreu antes da vida pública de Jesus, ele morreu com Jesus e Maria perto dele, da maneira como todos nós gostaríamos de partir desta terra.

José é também o patrono universal da Igreja, dos pais, dos carpinteiros, e da justiça social.

Celebramos dois dias festivos para São José: 19 de março para José o Marido de Maria e 1° de maio para José o Trabalhador.

Há muito que gostaríamos de saber sobre José, onde e quando nasceu, como passou sua vida, como e quando ele morreu. Mas a Escritura nos deixou com o mais importante conhecimento: quem ele foi -- "um homem honrado" (Mateus 1,18).

Em Seus passos:

José foi pai adotivo de Jesus. Há muitas crianças separadas de suas famílias e pais que necessitam de pais adotivos nos dias de hoje.

O verdadeiro pai é o que cria. Seguramente, em meio às tentações sofridas por Jesus, os ensinamentos de seu pai deram-lhe valores morais e espirituais para seguir as ordens de Deus Pai e recusar a todas essas tentações.”

“São José foi escolhido por Deus para ser o pai adotivo de Jesus e esposo casto de Maria. Foi aquele que deu uma família ao Rei dos reis, para protegê-lo, educá-lo, amá-lo, dar-Lhe um nome. José recebeu uma grande missão!

Com o vínculo do matrimônio, não em seu sentido pleno, mas para realizar a ordem de Deus, José se liga a Maria para dar continuidade ao plano da Redenção.

Na constituição desta nova família que teve origem no chamado de Deus, a resposta foi de obediência e de fé á vontade divina. José tinha por ofício a carpintaria, como tal sugere-se que ele cuidava da confecção e manutenção dos móveis e na sua pobreza e humildade sustentava sua família com seu serviço.

Queremos também assim como São José, ser conduzido pela fé vivendo o Amor e a Castidade na Comunidade, tornando-a uma grande família em Obediência à Igreja e responder a vontade divina no Trabalho cotidiano.

Olhando para São José, percebemos a beleza de nossa vocação na Comunidade, onde fomos escolhidos para arrastar pessoas ao coração libertador de Jesus.”

Oração: São José

São José, patrono universal da Igreja, velai pela Igreja e por nossa Comunidade tão cuidadosamente como velastes por Jesus, ajude a protegê-la e a conduza como fez com seu filho adotivo. Amém.

Painho
Enviado por Painho em 22/06/2017
Código do texto: T6034300
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