O QUE NIETZSCHE TEM A VER COM A ATUAL SITUAÇÃO BRASILEIRA
 
Os três poderes da esfera nacional – Legislativo, Executivo e Judiciário -, que regem, regulam as leis e, de certa maneira, comandam a vida das pessoas veladamente, vivem, atualmente, uma situação decadente e caótica - parecendo prédios em chamas, que estão condenados, mas demoram a cair.
Para emitir um juízo de valor como forma de opinar em que condições se encontram tais forças, recorrerei aos pensamentos do primeiro niilista europeu – Nietzsche.
Para Nietzsche, o Niilismo está dividido em três tipos: o Niilismo incompleto; o Niilismo completo e o Niilismo extremo.
O Niilismo é a decadência geral de todas as formas de moralismo e o que vivemos hoje, exemplifica bem “o que é não ter moral”.
Após tanto - “diz que me diz” -, uns acusando, outros se defendendo, chegamos numa situação concreta onde houve uma possibilidade de ação meritória contra a expurgação de uma parte da imoralidade instaurada em nosso país – É aqui que entra o Niilismo incompleto, uma tentativa derradeira e insustentável de se amparar em mecanismos capazes de serem burláveis, no caso de Nietzsche, sobre esse tema ele deixou um grande vácuo a ser estudado. Podemos somar a isso o que aconteceu na Audiência para a cassação da chapa “Dilma-Temer” pelo TSE (Poder Judiciário), quando, apesar das provas concretas e factuais, depois do empate de votos entre os ministros, o presidente da sessão deu como contra a cassação da chapa, mesmo sabendo que estava votando errado.
E o que se pode dizer do Legislativo? Aqui, podemos encontrar em Nietzsche a questão do Niilismo completo, que venha ser a decadência completa de toda moral, expressando-se pelos sentimentos humanos de compaixão e desprezo. Aplicando essa comparação aos políticos brasileiros, num todo, encontramos um câncer já na sua fase de metástase, e um único sentimento – o de desprezo. Creio que se possa encontrar políticos que ainda possuam moral e ética, o difícil é conseguir confiar em qualquer um deles, justamente pelo fato de que um câncer quando está em metástase, se espalha rapidamente para todos os órgãos do corpo humano.
Nietzsche, por último, classifica o Niilismo extremo – Esse é traçado desde a Antiguidade, passando pelo Cristianismo e chegando a era Moderna. Seria a destruição e autodestruição de todos os valores, ou seja, o fim, o nada. É onde chegamos com o Poder Executivo, e onde entra o personagem principal - o digníssimo Presidente Temer. Se formos fazer uso da comparação dessa forma de Niilismo em relação ao poder exercido pelo mesmo, podemos buscar a Antiguidade de seu Partido, o PMDB e a sua própria história. O poder exercido por esta sigla desde o surgimento do Brasil como Estado democrático influênciou todos os Governos que já foram eleitos. Temer, hoje, segundo as delações, é o chefe de uma Organização Criminosa, demorou-se um tempo para sedimentá-la, ou seja, como o significado da raiz desse conceito, vem de tempos atrás.
Nietzsche acredita que o Niilismo só será superado pelos filósofos do futuro que poderão construir novos valores.
Será que nós podemos pensar como Nietzsche? Somente os políticos do futuro poderão acabar com a corrupção, e criar novos valores entre si?, valores voltados para o bem da população?
Em linhas gerais, o mais certo a fazer, é desinfetar o Congresso e o Senado para matar todos os ratos, baratas, carrapatos, pulgas, bichos de cobra e tantos outros insetos ou animais peçonhentos – Limpeza Geral! Uma Limpeza de Moral e de Ética. Quanto ao Judiciário, dar um sombreiro mexicano, uma passagem só de ida para o deserto do Atacama e uma boneca inflável para o ministro Gilmar Mendes.
Agmar Raimundo
Enviado por Agmar Raimundo em 22/06/2017
Reeditado em 22/06/2017
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