PAGAMOS UM PREÇO ALTO PELA VIDA

Quando você vem para dormir após uma noite inteira de trabalho, outros seguem o fado de acordar para o trabalho.
É a sua vez de dormir, não está "de folga", está apenas aguardando para voltar a trabalhar, trabalhar para pagar impostos diretos de seu soldo e sobre todas as coisas a que basta abrir a porta...
As ruas das cidades foram todas “loteadas” por demarcações de estacionamentos feitos pelas prefeituras.
Radares praticamente a cada dois postes.
Guardas municipais multando aleatoriamente.
Você pede aos céus para que hoje não seja assaltado por menores de 17 anos e apenas mês para fazerem 18 anos, armados com revólveres nos sinais vermelhos ou redutores de velocidade.
Entre tais "menores de idade" existem aqueles que não foram registrados, ou se registrados, o foram aleatoriamente e erradamente; "menores" que saem ilesos, por primeiro que você mesmo, da delegacia de polícia; por serem menores de idade - e alguns nem eles mesmos sabem quantos anos tem de fato - mas alegam ser menores... e o sendo, coitados daqueles que lhes põem algemas ou os conduzirem na "gaiola" do carro-de-presos.
Mais rápido que um cometa, estarão representantes dos direitos humanos, do Estatuto da Criança e do Adolescente, prontos para pedir indiciamento dos policiais que os apreenderam.
Não importa às ONGs que tenham cidadãos ou policiais mortos ou feridos por eles, na resistência ao roubo, ou à prisão.
Saem rapidinho da delegacia com seus protetores e defensores; e os delinquentes prometendo lhe matar por você ser culpado deles terem ido até a delegacia.
Saindo de lá você já pede proteção aos anjos, com os vidros do carro abaixados. Mas o que você pode fazer contra armas de fogo?
Algumas pessoas sangrando na delegacia por terem tido menor sorte que você.
Mas por pouco tempo você vai tentar dormir em sua casa que pensa ser sua, mas durante a vida pagará impostos por ocupar o solo do município - durante esse tempo pagará ao poder público mais do que pagou por sua casinha financiada.
Depois vêm água e luz superfaturadas.
Taxa de esgoto, de guia, de asfalto, de calçada.
Sem falar em todos os impostos outros, desde uma latinha de massa de tomates até seu plano de saúde para viver mais um pouco - se os assaltos e invasão por bandidos à sua casa permitirem essa graça e benção, que é continuar vivo, nos dias atuais.
Sobre seu carro, aquele que envelheceu contigo, pagará todos os impostos que os órgãos estaduais e federais de trânsito acham por bem fixar. Um automóvel "é uma galinha dos ovos de ouro" desde a retirada da agência - onde você paga os impostos sobre o carro e os embutidos da agência revendedora.
Pagará ao governo, imposto sobre a chapa da carroceria, sobre a tinta, sobre vidros do faróis e em geral, sobre os pneus, enfim todas as peças [por isso a fábrica leva o nome de montadora].
Também frente à galinha dos ovos de ouro, desativaram tudo o que eram ferrovias de passageiros, que serviam de modo barato aos menos favorecidos por poderem ser composição mista (carga e passageiros) e com isso enricava menos os políticos, pela durabilidade de uma ferrovia, e a compleição estrutural dos trens; rodas que duram anos e anos, não há pedágios, nem asfalto feito por empreiteiras, aonde se vai ao piso rodoviário composição de petróleo, etc.
Você sai dirigindo da agência após pagar tudo de tudo, até a gasolina que puseram para você chegar ao primeiro posto e abastecer o tanque.
Ali pagará um imposto embutido no produto, muito alto sobre o combustível, comparado ao resto do mundo.
Mas, antes de chegar ao posto de combustíveis, você passou a 47 km/ hora, em um local que antes tinha sido fixado a 60 km/hora - a prefeitura precisa de dinheiro e o trânsito é um verdadeiro “caça-níquel” e uma indústria de multas. A eterna velhacaria dos poderes públicos.
Você já está multado por excesso de velocidade. Abastece seu veículo.
A empresa em que trabalha fica no Distrito Industrial à margem da rodovia. Pagará o pedágio - um dos quatro instalados na mesma Rodovia-SP num trajeto de apenas 76 km.
Muito usada por turistas e viajantes em fins de semana, feriadões prolongados, em demanda a localidades de Minas Gerais.
As cidades multam e arrecadam de você até mais que as estradas, pelo fato de que nas rodovias a viajem de lazer é em finais de semana e feriados. Na cidade é diariamente.
Há cidades inclusas em rotas de turismo que chegam ao cúmulo de fixar a 20 km/hora em suas ruas.
E as cidades que nada oferecem aos seus munícipes,sem falar em visitantes, que nem um hotel condizente possuem, vêm procurando imitar absurdos no trânsito.
Cresce geometricamente o número de veículos nas ruas (alegria dos prefeitos e governadores) e aritmeticamente melhorias das vias, construção de avenidas para escoamento do trânsito.
A sinalização vem contra motoristas e a favor das secretarias das vias e obras urbanas, e de resto as estaduais.
Nas cidades do interior os responsáveis pelo trânsito não têm experiência nenhuma de trafego de veículos, são às vezes um comerciante, um ex-vereador, alguém que se alvora conhecer trânsito.
No máximo, dentre todos, um engenheiro civil [nunca de tráfego] desde que seja ele e os antes citados - "amigo do rei".

Por isso há tantos insones, muitos depressivos, outro tanto de agressivos, e até engrossando a estatística os que desenvolvem manias. A maioria dos males e dos impostos tem, sobretudo origem no trânsito que regula os bens e serviços, por serem no Brasil transportados por rodovias, num transporte sofisticado que é o trânsito veicular, em relação a outros meios, como em paises europeus que pomovem as ferrovias. 
De propósito os alcaides instalam tantos radares com o escopo de tomar de modo fácil o dinheiro de seus munícipes, mas com a desculpa de coibir excessos de velocidade.
Claro que quem paga o pato são os cidadãos corretos e responsáveis.
Os inconsequentes, com radar ou sem radar vão continuar a praticar excessos de velocidade, sobretudo quando drogados e embriagados.
Para eles não vale sinal e sim lei mais rigorosa, a partir do simples inquérito policial.
Fortalecer-se o Ministério Público em geral, mas não se esquecendo das Primeiras Instâncias, onde nós do interior já estamos vivendo também o “Inferno de Dante.”
Por outro cenário da vida, a insônia junto a um grande descontentamento toma conta de você, quando pensa em suas contas a pagar e receber seu salário praticamente pela metade, reduzido pelos impostos compulsórios em folha,pela carga exagerada de tributos: sejam municipais, estaduais e federais, que cobram e não contrapõem os serviços essenciais e básicos à vida dos cidadãos.
Aí você ainda tem um sobressalto, se esqueceu de pagar - o plano funerário de cemitério particular - no banco, que cobra uma taxa alta em juros de mora.
Sim, até para morrer e ser enterrado de forma indigna no cemitério municipal, ao pobre e aos que ficaram pobres, o preço é fica sendo caro.
Claro que existe muita gente que não tem dinheiro para comprar o caixão e enterrar seus mortos. Se gasta em um - que é o caixão - não sobra para o outro - o enterro.
Esses vão para a cova comum para pagar menos.
Aquelas covas que em pouco tempo retiram a ossada, e deixam em sacos de lixo preto, até a família decidir se vai pagar o nicho do paredão vertical, ou os ossos vão para o poço do ossuário, jogados na mistura de centenas de outros restos de esqueleto anônimos.
Triste fim dos que labutam e pagam seus impostos a vida inteira, num país desordenado, sem rumo, sem perspectivas de melhora antes de 2028 para os mais otimistas, cujo estrago foi produzido em 12 anos no Brasil, na maior corrupção de sua História e que não tem notícia de similar instalada em qualquer outra uma nação do mundo - pela complexidade dos delitos e o imenso número de corrompidos e corruptores em um sem fim de instituições públicas e privadas.
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O autor é membro da ABETRAN - Associação brasileira de Educadores de transito, sede em Brasília.
Bel em Direito especializado em trânsito. 
Cap Vet. PMSP e Ex-professor por 18 anos no SENAC e na PMESP, sobre Legislação de Trânsito e matérias correlatas.
Articulista de assuntos de trânsito nos jornais da região
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 18/06/2017
Reeditado em 18/06/2017
Código do texto: T6030378
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