"DEVOLVER O PODER AO POVO E ACABAR COM A CORRUPÇÃO QUE A ALEIJOU, MAS SEM O USO DAS FORÇAS ARMADAS".....

Devolver o poder ao povo e acabar com a Corrupção que a aleijou

No belíssimo filme “O Gladiador”, o imperador Marcus Aurélius desperta a ira de seu único filho homem, Commudus, por não nomeá-lo seu sucessor. Vingativo e decepcionado, Commudus acaba matando o próprio pai.

O general Maximus (O Gladiador), herói e figura principal do filme, sempre manteve-se fiel a Marcus Aurélius, que tratava-o como se fosse um filho. Um pouco antes de ser assassinado, Marcus Aurélius pede a Maximus que conduza toda a Política Romana após a sua morte e “REALIZE O SEU SONHO DE DEVOLVER O PODER AO POVO E ACABAR COM A CORRUPÇÃO QUE A ALEIJOU”.

Maximus agradece e diz que seria melhor que fosse alguém que conhecesse toda a cidade de Roma e que entendesse de política. E, Marcus Aurélius lhe diz, mas Maximo, você não foi “CORROMPIDO PELA POLÍTICA”.

Com a morte intempestiva do imperador, Commudus assume o poder e pede lealdade ao general Maximus que se recusa a segui-lo. Vingativo, Commudus condena o general e toda a sua família à morte. Maximus consegue escapar de seus algozes, mas não consegue evitar a morte de sua esposa e filho, que foram barbaramente mortos.

A partir daí a vida de Maximus se transforma e ele passa a viver exclusivamente para buscar a sua vingança. Maximus começa a viver uma verdadeira odisseia como escravo até se transformar no “Gladiador”, que viria a desafiar Roma, sob o domínio do tirano e assassino Commudus. Lutando no coliseu romano, Maximus vai vencendo todas as lutas na arena e assim, acaba conquistando o povo e transforma-se num herói.

Diante desse quadro, o tirano imperador não poderia simplesmente mandar mata-lo, pois, sabia que poderia transformá-lo num mártir e teria todo o povo contra o seu poder.

Numa das cenas deste belíssimo filme, a filha de Marcus Aurélius, que sempre foi apaixonada por Maximus, trama a sua fuga com a participação de um dos poucos senadores honesto de Roma e, ali ocorre o seguinte diálogo entre o Senador e o General Maximus: Diz o Senador: General, espero que a minha vinda seja uma prova de que o senhor pode confiar em mim.

Maximus pergunta: O Senado está com o senhor?

Sim, diz o Senador.

Maximus torna a perguntar:O senhor pode comprar a minha liberdade para me retirar de Roma?

Sim! Mas por que eu o faria? Retruca-lhe o Senador.

O General Maximus responde-lhe: “PRECISO CHEGAR ATÉ AONDE O MEU EXÉRCITO ESTÁ ACAMPADO. RETIRE-ME DOS MUROS DE ROMA E NO ANOITECER DO SEGUNDO DIA EU RETORNO A FRENTE DE CINCO MIL HOMENS”.

O Senador responde-lhe: ISSO É LOUCURA! NENHUM EXÉRCITO ENTROU NA CIDADE NOS ÚLTIMOS CEM ANOS. “E EU NÃO VOU TROCAR UMA DITADURA POR OUTRA”.

Neste pequeno trailer do filme “O Gladiador”, Chamo à atenção para tudo que está em destaque em caixa alta (Letras Maiúsculas), para vocês refletirem sobre algumas semelhanças de tudo o que aconteceu naquela época, mesmo sendo um filme de ficção, e o que nós, já vivemos e estamos vivenciando atualmente.

Vivemos momentos conturbados na política nacional, isso é um fato. E, precisamos, urgentemente, de uma reforma geral e irrestrita, apoiando todo o trabalho da Justiça, para que os verdadeiros culpados sejam presos, devolvam tudo que roubaram do povo e que, ainda, sejam banidos de vez da vida pública.

Agora, discordo, plenamente, daqueles que acham que deveria haver uma intervenção militar. Já vimos este filme antes (este real e não ficção) e ninguém merece passar por isso. A última intervenção militar ocorrida no Brasil, que veio com a promessa que seria breve, acabou durando 21 anos.

Apelo para a belíssima canção de Lupicínio Rodrigues que diz: “Esses moços, pobres moços, Ah se soubessem o que eu sei....

O regime militar, na busca da chamada “Segurança Nacional”, extrapolou, se perdeu no meio do caminho, e acabou escrevendo com sangue uma das piores páginas de nossa história. Verdadeiros anos de chumbo, com torturas e mortes. Violação dos direitos humanos da pior espécie. Mortos e desaparecidos. Quantas famílias tiveram seus entes queridos, muitos deles jovens, que na inocência de sair distribuindo panfletos contra o regime, foram presos e torturados para denunciarem outras pessoas que eles mal conheciam.

Os militares linha dura e seus verdadeiros cães de guarda, como os famigerados órgãos de repressão, não faziam muita distinção de quem era de fato o revolucionário-comunista e, acabavam castigando e sumindo com muita gente inocente.

Portanto, Anos de Chumbo e Regime de Exceção, nunca mais!