Corrupção e Burrice

Nem mesmo as lições do primeiro índio a ocupar o cargo de deputado federal, o notório Juruna, que portava um gravador para “registrar o que o homem branco diz”, serviram para alertar os políticos atuais. Enquanto o índio o conduzia a tiracolo, sem nenhum disfarce, a tecnologia atual permitiu diminuí-lo de tal modo que se tornou imperceptível ao interlocutor, podendo vazar um diálogo. Ora, como é natural, não existe segredo quando mais de duas pessoas são sabedoras de um assunto. Se gravado está na boca do mundo. Já se dizia nos velhos tempos que “mata tem olhos e parede tem ouvidos”.

Permitir que a rua seja sabedora de atos ilícitos não deixa de ser uma burrice por parte de quem pratica a corrupção. Só o homem ético, probo, íntegro, honesto, pode dizer “minha vida é um livro aberto” e não temer os olhos e ouvidos das matas e das paredes.

Felizmente, graças ao avanço tecnológico, o gravador pode revelar a ilicitude dos trapaceiros, tornando-se a mais autêntica testemunha contra o infrator. Não é à toa que para a justiça “não existe crime perfeito”. Ela tarda, mas não falha.

Dá-lhe Juruna...!!!

Seu instrumento tem o poder de estremecer a República.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 22/05/2017
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