Espelho, espelho meu...

Corpos que adoecem tendem a adoecer corpos e mentes saudáveis. Refiro-me aos corpos doentes que são egocêntricos, narcisistas e autoritários.... Corpos dominados pela vaidade e pela arrogância... Normalmente, esses corpos querem impor a sua forma de enxergar o mundo sob a ótica do “espelho, espelho meu...” “Ninguém no mundo é...” Querem um palco onde preferem se apresentar sozinhos... Querem ser o centro das atenções e dos holofotes... Embora atuando em grupo, são sujeitos isolados e egoístas. Apresentam um modelo de verdade padronizado e normativo que se volta sempre para si e nunca para o outro ou para mundo. Mantém a sua existência localizada no “eu sou” e enxergam o mundo na chave de um “SER” único e iluminado. Reafirmam a sua condição de inventores de tudo e exigem ser elogiados o tempo todo. Não deixo meu corpo ser governado por essas subjetividades. Minha vida é sustentada por outras práticas efetivas de ética. Por isso, o meu auto cuidado inclui a busca pelo distanciamento de sujeitos que considero isolados em si, vaidosos e autoritários. Pessoas totalmente governadas por ações e condutas agressivas, arrogantes e violentas. Elas dão ênfase à separação e exigem a atitude de passividade. Lidar com pessoas assim tem sido o meu principal desconforto existencial. Isso tem me frustrado! Mas não deixo meu corpo adoecer.... Por isso, pratico minha liberdade de escolha, atuando na direção de pensar modos de existência e estilos de vida que sejam capazes de resistir e escapar dos dispositivos de captura e fixação. Busco transformar a vida em uma obra sempre por se fazer... Vale o dito popular: "nasci nua e estou vestida". Precisamos caminhar ao lado de pessoas que tragam LEVEZA E ALEGRIA para nossas vidas. Precisamos de bons encontros regados de boas risadas no exercício mais íntimo de nossa SIMPLICIDADE. Viver exige gestos delicados em toda sua BELEZA E GENEROSIDADE. Sob o signo do cuidado de si, tudo isso passa a ser a ética da existência da qual necessito ou necessitamos. Para mim, a simplicidade, a humildade e a generosidade anulam a vaidade, o egocentrismo, o narcisismo, o autoritarismo e a arrogância.

(Autor desconhecido)
Enviado por Délia Minho em 06/05/2017
Reeditado em 10/02/2018
Código do texto: T5991416
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