A contemplação dos pássaros.

Uma estrela caiu do infinito e afundou o mar.

Eles escafederam.

A água estava podre e os peixes morreram.

Com efeito, a referida estava doente.

Não foi possível à produção do oxigênio.

O céu ficou escuro, sem hidrogênio.

Os animais ficaram coloridos.

A terra transformou-se em desértica.

Em cada canto um grito desesperado.

Acepção da terceira exclusão.

Então surgiam das cavernas elefantes brancos.

Caminhando pelas ruas.

Afundando as calçadas.

O retorno dos dinossauros.

a heteronomia dos sonhos.

Então os pássaros contemplavam como se fossem celestiais.

Construíram templos transformaram monstros em deuses.

Pregavam a imaginação.

Como se fossem possíveis os desejos.

A ignorância em essência.

O tempo passou, o mar desapareceu.

O sol exauriu.

Exortações de universos intermináveis.

Os profetas acreditaram.

Nada mais deveria ser indeterminado.

A não ser o afundamento das ruas complexas.

Elas reclamavam diariamente, como se os sinais fossem normais.

Trilhos e trilhas, montanhas infindáveis.

Posteriormente, um frio imenso.

Todavia, o recomeço, repetia-se a indigestão.

O resto do tempo, imensa solidão.

Os olhos estalados aos sussurros destinados.

Almas destituídas dos espíritos melancólicos.

Entretanto, a crença incompreensiva.

Nenhum outro mundo seria possível.

Apenas o delírio prematuro.

Porém, cheio de entendimentos fúteis.

Não faz ideia como eles de fato são.

Importante, seria a reconstituição do vazio.

Tão somente os fluidos estranhos.

Entretanto, se não existissem ruas afundadas.

Os anjos seriam reais.

Enquanto isso a prevalência das encruzilhadas.

Imponderáveis os sonhos perdidos ao mundo pasmado.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 28/04/2017
Reeditado em 29/04/2017
Código do texto: T5984226
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