Como nasceu a democracia grega na cidade de Atenas.

Cidade de Atenas século VIII a.C.

O regime de governo era monárquico, entretanto aos poucos o poder foi passando para as mãos da aristocracia.

Caminho viabilizado pelos seus representantes os arcontes, até chegar aos eupátridas os aristocratas.

Séculos VII e VI, a cidade de Atenas sofreu grandes reformas, sucessivamente, por Drácon, Sólon e Clístenes, originando a nova forma de governo, fundamentado no princípio da isonomia.

Portanto, todos os cidadãos tinham o mesmo direito, extinguindo a Monarquia a favor da aristocracia. Desse modo, nasceu a democracia grega, não foi uma revolução do povo, todavia da aristocracia, uma democracia de elite.

Entretanto, a partir do século V com as reformas políticas e econômicas realizadas por Péricles, Atenas atingiu grande esplendor, transformando no centro economico do mundo grego.

Com efeito, a cidade sofreu uma revolução acadêmica, com grandes filósofos e cientistas, de todas as naturezas.

Importante considerar a democracia de Atenas no seu início, muito diferente da democracia atual, uma democracia apenas aristocrática.

A sociedade era escravista, as mulheres não participava da vida política, jovens com menos de 21 anos, como também os metecos os estrangeiros.

Uma democracia da aristocracia de quem tinha poder econômico, o Estado um instrumento político para garantir seus benefícios oriundos da exploração da grande maioria.

Com efeito, como é hoje no neoliberalismo, com uma diferença fundamental todos podem votar, a manipulação é ideologica.

Porém, o poder é controlado pela burguesia, objetivando garantir o direito da renda concentrada e do capitalismo de juros via financiamento da dívida interna, ora externa por meio do fundo monetário internacional.

Entretanto, apesar das limitações do direito da democracia de Atenas, era uma democracia direta, significando que os cidadãos aristocráticos tinham direito ao voto.

No entanto, antes havia discussões das ideias que se davam no ágora, palavra grega cujo significado etimológico, praça pública. O povo dirigia a praça para compreender melhor as ideias políticas do candidato ao governo.

Porém, a democracia não objetivava a atual forma de poder, parlamento, executivo e judiciário, forma evoluída a partir das revoluções liberais na Europa, particularmente a francesa, os verdadeiros inventores do Estado moderno.

No entanto, graças ao caráter democrático do poder ateniense favoreceu também no desenvolvimento da cultura fundamentada na razão, a argumentação dialética.

Portanto, nesse momento histórico nasceu a filosofia sofista, base epistemológica indispensavelmente para evolução da filosofia até os dias atuais, na era denominada da pós-verdade, no contexto da pós-contemporaneidade, hoje, o questionamento do poder neoliberal burguês, como modelo de exclusão social.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 24/04/2017
Reeditado em 24/04/2017
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