Ao se apresentar numa entrevista de emprego

Ao se apresentar numa entrevista de emprego, há uma miríade de fatores que o candidato, ou a candidata, deve levar em conta. Uma rápida pesquisa na internet e o volume de dados encontrados sobre o tema é imenso: artigos, sites de dicas, palestras, guias, tutoriais. Todos prometendo a resposta para o ansioso candidato que tem uma entrevista de emprego nos próximos dias e que, procurando informações sobre como proceder de modo a mostrar um diferencial, depara-se com um mar de informações que, se não o afoga, ao menos o angustia.

O desespero de nosso hipotético candidato chega ao paroxismo quando, ao pesquisar em várias fontes, os conselhos dados começam a entrar em contradição. Ei-lo novamente perdido, confuso e, como se não bastasse, acreditando que não há uma fórmula que possa usar e que, no fim das contas, é tudo uma questão de sorte. Aqui, o candidato deve ter cautela. Sim, às vezes é questão de sorte, outras é questão de simpatia (daquele tipo de simpatia que não se aprende em palestras motivacionais e que das duas uma: ou você tem ou não tem), mas há sempre algumas coisas que o candidato pode fazer para melhorar sua situação, passar confiança e não transformar a entrevista num verdadeiro desastre. Vamos a algumas delas:

Primeiro: vista-se bem. Obviamente é mais agradável tratar com uma pessoa bem-vestida. Isso contribui para despertar a empatia na pessoa que está avaliando. Não se engane, caro leitor, os gestores e profissionais de recursos humanos, também são demasiado humanos e, como tais, susceptíveis àquele humano provérbio que sentencia que "a primeira impressão é a que fica". Fique então com esta primeira regra: cause uma boa impressão, vestindo-se bem e mantendo uma boa aparência. Esta engana, dizem, mas nem tanto.

Em segundo lugar: seja educado, sob quaisquer condições. Use as expressões do nosso idioma que demonstrem polidez: "por favor", "com licença", "por gentileza", "o senhor", "a senhora", etc. Nunca (N-U-N-C-A, repito) use gírias ou expressões grosseiras, pois isso equivale a um "não" definitivo da parte daquele que poderia ser seu futuro empregador.

Por último, mas não menos importante, preocupe-se em estar informado sobre o máximo de assuntos possíveis. Sobre a empresa, sobre o setor no qual ela opera, sobre a cultura, a política e a economia da sua cidade, do seu estado, do país e do mundo. É difícil? Sim, mas é difícil preparar-se. Fosse fácil, todos estavam muito bem preparados e, assim, a seleção podia acontecer por um simples sorteio, não é mesmo? Com relação a autoconfiança: não muita, pois parecerá pretensioso, nem pouca, pois parecerá humilde demais (e não há nada mais pretensioso do que parecer humilde demais). Como disse o bom e velho Aristóteles, a virtude está no meio-termo. Então procure-o.

Com essas poucas e simples regras, uma boa dose de sorte, alguma simpatia, e uma ou outra dica útil que o leitor tenha conseguido em sua exaustiva pesquisa pela internet e a vaga, a tão sonhada vaga, estará (quase) garantida. Mas, caso o leitor queira ainda mais ajuda, orações, simpatias, promessas e qualquer outro bom auspício que houver sob o sol serão todos sempre bem-vindos, pois, se não forem deveras eficazes, tampouco farão mal.