A LIMPEZA URBANA

Saindo para uma caminhada nas primeiras horas da manhã, no clima ameno de inverno, vejo uma ventania se formar, varrendo as ruas e balançando num vai e vem as árvores, espalhando muitas folhas, logo as vias públicas se enchem de lixo, sacos plásticos voam como balões, pedaços de papel de todos os tipos bailam ao sabor do vento circulando em redemoinhos, lixo e muita sujeira, tudo vai direto para as valas, pela ação das águas da chuva, em direção aos bueiros.

Percebo in loco o descuido do povo com o seu habitat, é assustador ver tanto descaso, abrigado sob uma marquise, reflito como chegamos a esse ponto. É lamentável observarmos pessoas jogarem lixo nas ruas, passarem em seus veículos e sem constrangimento algum atirarem latinhas, pontas de cigarros etc. Algumas varrerem suas casas, seus locais de trabalho e jogarem tudo nas sarjetas das ruas.

Desde cedo aprendemos a importância de mantermos o ambiente limpo, normalmente em casa ou no trabalho, uma das primeiras tarefas do dia é fazermos uma faxina geral. Ao chegarmos à escola, já encontramos o espaço limpo, em condições de funcionamento, cabe a cada um conservar e promover as condições necessárias para o bom uso de cada ambiente, adotamos isso como ensinamento que recebemos de nossos pais.

Partindo desse princípio, somos conscientizados de muitas formas, dos bons exemplos na conservação da limpeza pública, mas junto a isso vem a importância da colaboração. Se todo indivíduo, em casa, na rua, no trabalho e por fim, em todos os lugares, além de não sujar procurasse conservar o que está limpo, a coisa seria bem melhor.

Desta forma, podemos afirmar que existe a cooperação, se o lixo estiver devidamente acondicionado em recipientes próprios, se sua coleta estiver sendo feita regularmente pelos órgãos públicos responsáveis, estará realmente sendo feito um trabalho coletivo, pois sem este ficaria muito difícil concluirmos que em nossa cidade existe a tão sonhada limpeza urbana.

Mas, infelizmente, lixo e entulhos são descartados em terrenos baldios, em qualquer lugar, seja dia ou noite, onde haja um espaço disponível, o que ocasiona a contaminação e a proliferação de doenças, pela aproximação de ratos e insetos, que ali encontram as condições favoráveis de abrigo, pelos restos de comida etc. Acreditar que essa triste realidade mude, é investir na educação, na formação de princípios do bem comum, onde cada cidadão possa assumir efetivamente esse compromisso, que é dever o de todos os povos em conservar o meio ambiente sadio.

Quanto maior a população, maior também o acúmulo do lixo, seja ele doméstico ou não, nos logradouros públicos. Mas isso nem sempre corresponde com a realidade, temos exemplos de grandes metrópoles, com altos índices populacionais, que são consideradas cidades limpas, com níveis de sujeira baixíssimos. Pela conscientização de sua gente, ao adotarem medidas educativas no sentido de zelar pelo planeta em que vivem, fazendo jus aquela máxima de que:

Povo educado... Cidade limpa!