Arte-enlevo . artes visuais

Linhas, cores, formas, pontos, tudo que envolve uma composição de artes visuais precisa, necessita, requer, pede um porquê; não só um significado, mas um porquê. Não estou com isto querendo valorizar o império do funcionalismo ou da funcionalidade... Não, longe disso. O porquê estético é tão bom – ou até melhor, na maioria das vezes ou em grande parte das vezes – do que o porquê funcional quando se trata de arte.
Como uma linha será: sinuosa, reta, grossa, fina, leve, pesada, rápida, lenta, elétrica, serena, são todas questões também de suma importância para o artista que se debruça sobre sua obra.
Significado e significante estão entrelaçados insofismavelmente, mesmo que não nos reportemos à semiótica. A composição, seja ela qual for, possui forças que guiam o olhar do observador, de dentro para fora, de fora para dentro, da direita para a esquerda, da esquerda para a direita, no sentido horário, no sentido anti-horário. Em n direções. Contrastes e semelhanças, proximidade e distância influenciam essa trajetória da visão. E para que esse caminho visual possa se dar com mais ou menos autenticidade, com mais ou menos beleza, com mais ou menos força, o significante necessita ter relação direta com o significado. No design gráfico, o conceito: forma e conteúdo. Nas artes plásticas, a expressividade: fatura e poética.
Nesse sentido, pesquisar as artes visuais pressupõe um olhar direcionado e atento ao que queremos, desejamos ou ansiamos como artistas para que não nos contentemos com o início ou o meio da jornada, mas cheguemos ao seu final para completar nossa visão autoral de forma plena.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 09/04/2017
Código do texto: T5965920
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