A LIBERDADE... A VONTADE... "A origem MISTERIOSA de uma doença" (5ª parte) - TEORIA da CONSPIRAÇÃO - 64ª parte.

AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e sua PANACEIA*...

Artigo Extra.

TEORIA da CONSPIRAÇÃO – (64ª parte).

AVISO INICIAL - A 3ª parte sobre a importância do estudo da MEDULA ÓSSEA para desatar o nó sobre a AUTO-HEMOTERAPIA será escrito proximamente. Tenho muita coisa para ler, tenho muito a pesquisar e tenho muito que escrever. Estamos apenas no começo da luta.

SEGUNDO AVISO – Os textos sobre “AS BATALHAS do Dr. LUIZ MOURA” terão continuidade.

“A origem MISTERIOSA de uma doença” – (5ª parte).

SÍNDROME da IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (SIDA).

WALTER GILBERT.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Walter Gilbert (Boston, 21 de março de 1932 – 85 anos) é um FÍSICO e BIOQUÍMICO AMERICANO.

BIOGRAFIA.

Estudou física, química e matemática na Universidade de Harvard. Posteriormente realizou seu doutorado em matemática pela Universidade de Cambridge, onde foi decano de física teórica, e em BIOQUÍMICA em Harvard, onde foi nomeado professor de BIOLOGIA MOLECULAR.

INVESTIGAÇÕES CIENTÍFICAS.

Sua contribuição na determinação das sequências de bases dos ácidos nucleicos lhe valeu o Nobel de Química de 1980, que compartilhou com seu compatriota Paul Berg e o britânico Frederick Sanger.

Gilbert e Sanger foram premiados por seu trabalho pioneiro na determinação da sequência de nucleotídeos dos ácidos nucléicos.

Walter Gilbert também propôs, pela primeira vez, a hipótese do "mundo RNA" para a origem da vida, modelo proposto por Carl Woese en 1967.

É co-fundador da empresa de BIOTECNOLOGIA Biogen Idec, de cujo conselho diretor foi o primeiro presidente.

DISSIDÊNCIA COM RESPEITO à SIDA (AIDS).

Walter Gilbert é um dos CIENTISTAS que negam a existência do vírus HIV, pois considera que PETER DUESBERG está correto em suas posições "heterodoxas" com respeito à enfermidade.

PETER DUESBERG é um CIENTISTA alemão, radicado nos EUA, que recebeu várias premiações científicas, por mapear os genes dos retrovírus e por seus estudos sobre o vírus da gripe.

DUESBERG afirma categoricamente que o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) não se relaciona com a SIDA (AIDS), causada por diversos outros motivos relacionados ao colapso do SISTEMA IMUNOLÓGICO.

Citações de Walter Gilbert sobre Peter Duesberg:

"Duesberg está absolutamente certo ao decidir que a SIDA (AIDS) não é provocada pelo vírus HIV. Não há modelo animal para a SIDA e, sem modelo animal, um não pode estabelecer os postulados de Koch (para provar o papel de algo que se suspeita que é patógeno)".

"A comunidade científica em seu conjunto não escuta pacientemente os críticos que adotam pontos de vista alternativos. Ainda que a grande lição da história é que o conhecimento se desenvolve através do conflito entre pontos de vista".

Categorias:

• Nascidos em 1932.

• Nobel de Química.

• Laureados com o Nobel por país - Estados Unidos.

• BIOQUÍMICOS dos ESTADOS UNIDOS.

• Físicos dos Estados Unidos.

• Naturais de Boston.

Esta página foi modificada pela última vez às 12h31min de 19 de dezembro de 2015.

DAVID RASNICK.

Da Wikipédia, a enciclopédia livre.

David William Rasnick (nascido em 1948) é um QUÍMICO e BIÓLOGO CONHECIDO por seu trabalho na área de NEGAÇÃO do HIV / AIDS .

David Rasnick recebeu um Ph. D. em química da Geórgia Tech em 1978. Sua tese foi intitulada "Rotulação de afinidade de metaloendoproteases".

Em uma entrevista 1998, afirmou que tinha estudado proteases e seus inibidores por vinte anos.

De acordo com PubMed, Rasnick tem contribuído com 18 artigos científicos sobre protease relacionados com a investigação, e também escreveu um livro sobre a aneuploidia, teoria do CÂNCER.

Rasnick é mais conhecido por suas opiniões sobre a NEGAÇÃO do HIV/AIDS. Sua afirmação de que o HIV não é a principal causa da AIDS o coloca em desacordo com a comunidade científica.

Relativamente ao seu nível de especialização em HIV/SIDA, Rasnick afirma que a sua própria investigação sobre as proteases de rato não envolveu o HIV/SIDA:

"A minha própria investigação... não teve nada a ver com a SIDA".

No entanto, suas observações, baseadas em sua compreensão dos retrovírus e da colaboração com o NEGACIONISTA da AIDS Peter Duesberg, de que os retrovírus não são transmissíveis sexualmente e nunca demonstraram causar doenças, afligem a comunidade científica dominante, que por essa razão se recusam a se envolver com ele.

Sua posição de que a AIDS não é causada pelo HIV e não é uma doença infecciosa é uma visão muito minoritária.

Ele afirma que as consequências para os estabelecimentos médicos e políticos em admitir que eles desperdiçassem um quarto de um trilhão de dólares, impede qualquer debate aberto em torno da questão.

Rasnick propôs que o teste de HIV fosse completamente proibido, porque não tem linha de base padrão para descrever objetivamente seu resultado.

Como a inserção no teste reconhece que este é o caso, e como um positivo ou negativo é influenciado por uma variedade de fatores externos, não serve a finalidade útil.

Além disso, infunde medo em pessoas diagnosticadas.

Ele reconhece que há uma ligação entre um teste positivo e um diagnóstico de AIDS, mas vê isso como a priori verdadeiro, na medida em que o diagnóstico depende de um teste de HIV positivo.

TRABALHO com a FUNDAÇÃO RATH.

Rasnick trabalhou com Matthias Rath na África do Sul, onde enfatizou os supostos riscos da terapia antirretroviral e pediu que os pacientes de HIV/AIDS usem suplementos vitamínicos e nutricionais.

Rasnick e a Fundação Rath foram alvo de um processo pela Treatment Action Campaign (TAC) na África do Sul.

A ação judicial foi introduzida como resultado de ensaios clínicos conduzidos por Rasnick e a Fundação Rath, que não foram aprovados pelas autoridades competentes na África do Sul e não sofreram qualquer revisão ética.

Os ensaios envolveram o recrutamento de negros sul-africanos pobres, com HIV, instruindo-os a não tomarem antirretrovirais eficazes, e fornecendo-lhes em vez disso, suplementos vitamínicos.

Estes ensaios resultaram em pelo menos cinco mortes conhecidas pelo TAC, e possivelmente até doze.

Em junho de 2008, a Suprema Corte da África do Sul decidiu contra Rasnick e outros réus associados à Fundação Rath, declarando ilegais seus estudos com vitaminas e proibindo a publicação de FALAR de PROPAGANDAS de VITAMINAS.

O Tribunal também declarou que as autoridades de saúde da África do Sul têm a obrigação de investigar e interromper as atividades ilegais de Rasnick e da Fundação Rath.

AFILIAÇÃO UNIVERSITÁRIA ALEGA.

David Rasnick afirmou ser um estudioso visitante na Universidade da Califórnia, Berkeley, e seu site afirma que ele foi um estudioso visitante de 1996 a 2005 no laboratório de Peter Duesberg.

No entanto, em resposta a um editorial de 2006 em que Rasnick alegou filiação com a Universidade, o presidente da Biologia Molecular e Celular da Universidade da Califórnia, Berkeley escreveu:

Eu entendo que David Rasnick reivindicou uma afiliação com nosso departamento em um artigo. David Rasnick não tem nenhuma filiação com a Universidade da Califórnia, Departamento de Biologia Molecular e Celular.

É óbvio que deve estar preocupado que alguém que deturpa sua própria afiliação também pode deturpar dados e argumentos em outras áreas.

David Rasnick respondeu:

O status de pesquisador visitante com a UC Berkeley tinha sido encerrado, sem meu conhecimento, em 2005, depois que eu tinha se mudado para SA.

Eu agora listo minha afiliação como Investigador Sênior para a Fundação de Saúde Dr. Rath.

Os críticos da ortodoxia da AIDS devem ser tão prístinos quanto possível. Caso contrário, estamos sujeitos a ataques em vez de abordar os nossos argumentos, como evidenciado pelos comentários do Professor Harland.

Observação do escriba: Na Wikipédia estão disponíveis 15 (quinze) referências sobre o assunto.

Categorias :

• Pessoas vivas.

• BIÓLOGOS AMERICANOS.

• Químicos americanos.

• NEGACIONISTAS do HIV/AIDS.

• Alunos do Instituto de Tecnologia da Geórgia.

• 1948 - nascimentos.

• Esta página foi modificada pela última vez em 08 de dezembro de 2016, às 09h 57min.

NEGACIONISMO da SIDA.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

“Foto: Fotografia microscópica do Vírus da Imunodeficiência Humana. O negacionismo VIH/SIDA contesta a existência deste vírus e de que provoque SIDA.

O NEGACIONISMO VIH/SIDA ou AIDS é a crença, desmentida por evidências médicas e científicas conclusivas, de que o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) não provoca Síndrome da ImunoDeficiência Adquirida (SIDA).

Alguns NEGACIONISTAS rejeitam a própria existência do VIH, enquanto outros aceitam que o VIH existe, mas alegam que é apenas um vírus passageiro inofensivo, que não provoca SIDA.

Os NEGACIONISTAS que reconhecem a existência da SIDA enquanto doença, atribuem a sua causa a alguma combinação de comportamento sexual, drogas recreativas, má-nutrição, más condições de saneamento, hemofilia ou aos efeitos dos fármacos usados no tratamento de infeções por VIH.

O consenso científico é de que as evidências que mostram que o VIH é a causa da SIDA são conclusivas e de que as alegações NEGACIONISTAS da SIDA são pseudociência baseada em TEORIAS da CONSPIRAÇÃO, argumentação falaciosa, manipulação de dados e má interpretação de dados científicos na sua maioria obsoletos.

Após a rejeição destes argumentos pela comunidade científica, o material NEGACIONISTA da SIDA é atualmente dirigido a audiências menos informadas e disseminado principalmente pela internet.

Apesar da falta de aceitação científica, o NEGACIONISMO VIH/SIDA teve um impacto significativo em determinados países, principalmente na África do Sul durante a presidência de Thabo Mbeki.

Tanto médicos como cientistas alertam para o elevado custo de vidas humanas provocado pelo NEGACIONISMO da SIDA, o qual desincentiva os soropositivos a procurar tratamentos eficazes.

Os investigadores de saúde pública atribuíram a morte de 330.000 a 400.000 pessoas, assim como novas 171.000 infeções por VIH e 35.000 infeções em crianças, ao apoio que o governo sul-africano deu ao NEGACIONISMO da SIDA.

Observação do escriba: Na Wikipédia estão disponíveis 15 (quinze) referências sobre o tema.

Categorias:

• Pseudociência.

• NEGACIONISMO.

• NEGACIONISMO da SIDA.

Esta página foi modificada pela última vez às 05h14min de 04 de janeiro de 2017.

Revista Brasileira de Política Internacional, volume 45, número 01, Brasília, Janeiro/Junho de 2002.

PRIMEIRA INSTÂNCIA.

Há salvação para a África? Thabo Mbeki e seu New Partnership for African development.

Wolfgang Döpcke.

Professor de História Contemporânea da Universidade de Brasília.

RESUMO.

O NEPAD – New Partnership for African Development – tem seus primórdios em 1996, proposto pelo atual presidente da África do Sul, Thabo Mbeki e outros líderes africanos, para erradicar a marginalização e o subdesenvolvimento africano e promover o crescimento econômico, através da integração continental.

Seus objetivos, inseridos no contexto da globalização e do African Renaissance, incorpora valores da luta antiapartheid sul-africana, restauração da autoestima e resgate de valores pré-coloniais.

O que o difere de outros planos que não deram certo na África é o vínculo inseparável entre democracia, direitos humanos, paz, governabilidade e o desenvolvimento econômico, as responsabilidades assumidas pelos participantes e a propriedade africana do plano.

Palavras-chave: NEPAD – New Partnership for African Development; African Renaissance; Democracia; Globalização; Governabilidade; Subdesenvolvimento; Apartheid; Direitos Humanos.

ABSTRACT.

NEPAD - New Partnership for African Development - was originated in 1996, proposed by the current South African president, Thabo Mbeki and other African leaders, to eradicate the African exclusion and underdevelopment and to promote the economical growth, through the continental integration.

It's objectives, in the context of globalization and African Renaissance, incorporates values of the fight against apartheid in South Africa, restoration of the self-esteem and recovering pre-colonial values.

What differs this from other plans that did not work is the inseparable entail among democracy, human rights, peace, governability and the economical development, the responsibilities assumed by the participants and the African property of the plan.

Key words: NEPAD – New Partnership for African Development; African Renaissance; Democracy; Globalization; Governability; Underdevelopment; Apartheid; Human Rights.

Surgiu, em 2001, qual nova estrela no céu, mais um plano de desenvolvimento do continente africano.

Ao contrário de outros predecessores, como o Lagos Plan of Action (1980) ou o African Priority Programme for Economic Recovery (1986), o plano New Partnership for African Development – NEPAD é considerado promissor, encontrou ampla aceitação e gera novas esperanças na luta contra o subdesenvolvimento e a marginalização da África.

Com efeito, a cúpula dos países do G7 em Tóquio, em 2000, a reunião dos países do G8 em Gênova, em 2001, bem como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial expressaram apoio a essa proposta e àquela que a antecedeu, o New African Initiative – NAI.

Chefes de Estado ocidentais endossaram a iniciativa e a cúpula dos países do G8, que acontecerá em junho de 2002 no Canadá, comprometeu-se com uma discussão em profundidade, especialmente, das implicações financeiras do plano.

Alguns países ocidentais já anunciaram apoio financeiro ao NEPAD.

O plano é visionário, corajoso e com metas bem audaciosas: busca alcançar, entre muitos outros objetivos, um crescimento econômico de 7% anual durante os próximos 15 anos para o continente africano, a redução pela metade da taxa de pobreza absoluta até 2015 e a matrícula de todas as crianças em escolas primárias no mesmo período.

Embora comumente associado ao atual Presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, como seu autor, o NEPAD teve também outros pais e um complicado nascimento.

O seu primeiro componente surgiu, por volta de 1996, sob o nome de African Renaissance, como conceito norteador da nova política africana da África do Sul.

No final dos anos 1990, Mbeki chegou a concretizar esta filosofia do African Renaissance em um plano de desenvolvimento continental, intitulado Millennium Partnership for the African Recovery Programme – MAP.

A Comissão Econômica para África – ECA contribuiu para esta tarefa de operacionalizar as ideias do African Renaissance e de traduzi-las em itens de uma política de desenvolvimento.

Associaram-se ainda ao MAP os Presidentes da Nigéria, Obasanjo, da Argélia, Bouteflika, e do Egito, Mubarak, transformando-o em uma iniciativa multilateral, ancorada nos principais polos de poder do continente.

Simultaneamente, o Presidente Wade do Senegal, também um dos líderes reconhecidos da África, havia proposto seu próprio plano para o desenvolvimento continental, intitulado Omega Plan.

Este plano difere do MAP por seu caráter meramente técnico-econômico, voltado para a infraestrutura, enquanto o MAP dispõe de um fundamento "filosófico" e propõe uma visão de desenvolvimento que inclui política, democracia, direitos humanos e governabilidade.

Durante certo tempo, estas duas iniciativas concorreram, embora o MAP gozasse de amplas vantagens em termos de aceitação mundial.

Para terminar esta concorrência e as fricções diplomáticas decorrentes, os dois planos foram fundidos em um, batizado agora de New African Initiative – NAI.

A reunião dos Chefes de Estado africanos em Lusaka em julho de 2001 adotou formalmente o New African Initiative, inaugurando-o como a principal estratégia da OUA, em tempos de globalização, para recuperar economicamente o continente e redefinir sua inserção internacional, especificamente as relações de assistência financeira com o Ocidente.

Daqui para frente, o plano foi novamente batizado, mas sem mudar muito o conteúdo, como New Partnership for African Development – NEPAD.

Institucionalmente, o plano progrediu também desde o seu lançamento.

Ganhou um Secretariado (sediado na África do Sul), um Comitê Dirigente, um Comitê de Implementação, composto por 15 Chefes de Estado, e cinco grupos-tarefa (cada um chefiado por um país africano) para identificar e implementar projetos nas cinco áreas de enfoque do plano: segurança e paz; governabilidade econômica; infraestrutura; padrões financeiros e bancários; agricultura e acesso aos mercados.

Quais são os elementos chaves desse "Plano Marshall" para a África?

Uma leitura crítica do documento gera certa perplexidade, porque ele combina ideias que parecem contraditórias e antagônicas.

Explicando o malaise e o subdesenvolvimento africanos, o plano recorre a figuras de raciocínio africanistas e de abordagens da escola da dependência.

No que concerne aos remédios, aceita o discurso globalista liberal, receitando privatizações, mais integração no mercado mundial, atrair capital financeiro e investimentos e a participação do continente na revolução da comunicação e da informação.

Para alcançar as metas ambiciosas, insiste o plano, precisa-se de recursos adicionais no volume de 12% do PIB da África, isto é, US$ 64 bilhões, a serem mobilizados principalmente por meio do cancelamento de dívidas, da assistência financeira pelo Ocidente, de um aumento das exportações e, mais importante, pelo investimento externo privado nas economias africanas.

Se parasse nessa listagem de prioridades, metas e mobilização de recursos, a NEPAD seria igual a muitos planos que já fracassaram na África ou nunca saíram do papel.

Mas, o que caracteriza o momento inovador do NEPAD, o que seria a garantia de seu sucesso, segundo seus protagonistas, seriam:

1) O vínculo inseparável entre democracia, direitos humanos, paz e governabilidade (good governance), de um lado, e o desenvolvimento econômico de outro.

2) As responsabilidades a serem assumidas pelos participantes.

3) A "propriedade" africana do plano.

Para participar do NEPAD, os Estados africanos assumem um forte e explícito compromisso com estes (e outros) valores, cuja realização é vista como pré-condição de qualquer desenvolvimento, da mesma maneira em que os países industrializados e as instituições multilaterais se comprometem explicitamente a realizar a sua parte.

Ao contrário das abordagens das instituições financeiras internacionais (Banco Mundial e FMI), o NEPAD desconhece condicionalidades ligadas à concessão de recursos.

O plano seria de origem africana, de "propriedade" africana e se basearia em valores consensualmente aceitos, tanto na África quanto nos países industrializados.

Como se explica o surgimento desse novo plano salvador da África e por que ele alcançou tanto reconhecimento em tão pouco tempo?

Para entendê-lo melhor, o NEPAD pode ser interpretado em três distintos contextos:

1) A inserção global do continente africano.

2) A política exterior sul-africana depois do fim do apartheid.

3) A política continental africana.

O NEPAD, bem como a filosofia do African Renaissance, são compreendidos pelos seus protagonistas como respostas genuinamente africanas aos desafios da globalização, à crescente marginalização econômica do continente e ao "afro-pessimismo", visão fundamentalmente negativa sobre o potencial tanto da inserção internacional do continente quanto da capacidade interna de reformar e modernizar as sociedades africanas.

Em primeiro lugar, o NEPAD propôs uma nova base idearia da inserção internacional do continente.

Desde as independências dos Estados africanos nos anos 1960, a interação – política e econômica – dos novos Estados com a comunidade internacional foi acompanhada por discursos específicos, que delinearam certos valores fundamentais, posicionamentos e objetivos desta interação, especialmente com os países industrializados.

Durante os anos 1960, o enfoque deste discurso foi a libertação política do continente (descolonização), o reconhecimento da soberania absoluta dos Estados africanos e de sua igualdade formal no sistema internacional.

Durante os anos 1970, os Estados africanos, juntos com os movimentos do Terceiro Mundo (Movimento dos Não alinhados, Grupo dos 77), ofensivamente questionaram certos princípios da participação no sistema econômico liberal e conseguiram modificar algumas regras do comércio internacional.

A luta por uma nova ordem econômica internacional, o não alinhamento, o papel central do Estado no desenvolvimento, o socialismo africano, o self-reliance e a industrialização eram conceitos chaves, que dominaram o discurso da inserção internacional do continente e que chegaram a exercer certa hegemonia ideológica nesse período.

De lá para frente, o discurso e a prática da interação africana, principalmente com os países industrializados, tornaram-se reativos e defensivos.

A África perdeu a iniciativa e a hegemonia discursiva e conceitual.

Durante mais de uma década, envolveu-se, sem chances de sair vencedora, em uma batalha defensiva contra a volta do ideário liberal ortodoxo e a perda de suas prerrogativas na política econômica junto ao FMI e ao Banco Mundial.

A África, ao final, se entregou ao poder das Instituições financeiras internacionais e não perdeu somente qualquer capacidade de influenciar a discussão sobre a sua própria inserção econômica, mas também desistiu de seriamente desenvolver alternativas positivas à ortodoxia neoliberal.

Curiosamente, a prática dos ajustes estruturais desfechados sobre os Estados africanos, embora não sem fundamento ideológico liberal, também não convenceu, e deixou fortes dúvidas mesmo entre muitos de seus defensores.

Chegou a hora da desilusão e do "afro-pessimismo".

A África se transformou, na imaginação pública ocidental, em um continente perdido, não reformável, incapaz de se desenvolver, sobrevivendo somente através de esmolas externas.

Assim, a inserção internacional da África mergulhou em certo vácuo político no início dos anos 1990, que foi tremendamente agravado pelo fim da Guerra Fria e pelo desmoronamento das suas ideologias acompanhantes.

O duplo golpe da globalização e do fim da Guerra Fria, de repente, revelou a grave marginalização mundial do continente, em termos políticos e econômicos.

Ao mesmo tempo, fortaleceu-se a hegemonia do ideário liberal na economia (em prol de livre fluxo de mercadorias, capital financeiro, desestatização e liberalização de mercados) e na política (eleições democráticas, pluralismo político e respeito aos direitos humanos individuais).

Com o African Renaisssance e o NEPAD, os seus inventores pretendem recuperar a iniciativa no discurso da inserção internacional do continente, iniciativa que tinha sido perdida nos anos 1980 junto às Instituições financeiras internacionais, aos governos ocidentais e, também, a atores não estatais, como as ONGs.

E conseguiram isso de forma muito impressionante.

A ofensiva diplomática de Mbeki catapultou o NEPAD, em pouco tempo, aos palcos internacionais e agora influencia profundamente o discurso internacional sobre o continente.

Ademais, o NEPAD não somente se apresenta como proposta africana, mas também, explicitamente, como uma iniciativa de Chefes de Governo africanos, negociada com os Chefes de Governo do Norte, tentando, assim, recuperar a legitimidade dos Estados e dos seus dirigentes de conceituar e dominar o processo político e o discurso da inserção internacional.

Com quais estratégias o NEPAD pretende enfrentar o desafio da globalização e do fim da Guerra Fria?

A resposta é simples: o plano considera a globalização como inevitável e não a questiona.

Aceita plenamente o discurso hegemônico liberal da globalização e o integra na sua proposta.

Embora o NEPAD seja comemorado como uma resposta genuinamente africana ao desafio da globalização trata-se na realidade de uma "africanização" das propostas liberais ocidentais.

A mesma apropriação do novo discurso hegemônico é perceptível em relação ao conjunto de valores político-sociais como democracia, direitos humanos e good governance.

O segundo contexto da gestão do NEPAD e da ideia de African Renaissance é a libertação da África do Sul do regime do apartheid e a política exterior sul-africana depois de 1994.

Em certa perspectiva, o African Renaisssance incorpora valores centrais da luta antiapartheid e da nova África do Sul que se transformaram em orientações da política exterior sul-africana e que a África do Sul exporta como receita para o resto da África.

Mbeki declarou repetidamente que a contribuição sul-africana para o renascimento do continente africano seria a transformação, da própria África do Sul, em um "democratic, non-racial, non-sexist, prosperous and peaceful African country".

O CONGRESSO NACIONAL AFRICANO, segundo os analistas da política exterior da África do Sul, teria assumido um forte compromisso com estes valores, não somente na política doméstica, mas também, sob o manto de African Renaissance, na formulação dos objetivos da política exterior.

Entretanto, a mesma ambiguidade que caracteriza a política doméstica do CONGRESSO NACIONAL AFRICANO – isto é, a tentativa de servir dois constituintes opostos:

Os trabalhadores e as massas urbanas empobrecidas de um lado e o capital e as empresas multinacionais de outro –, reflete-se também no NEPAD, que mistura dois discursos opostos: Um radical e africanista e outro liberal e globalista.

A perspectiva africanista se manifesta na medida em que o plano glorifica o passado pré-colonial do continente, atribui o subdesenvolvimento ao tráfico de escravos e ao colonialismo, fala em restauração da autoestima e pretende resgatar valores, virtudes e culturas africanas pré-coloniais para superar a presente miséria do continente.

Nesse sentido, o African Renaissance faz parte do ideário, filosofia libertadora da luta antiapartheid da África do Sul.

O próprio Thabo Mbeki demonstrou muitas afinidades com o ideário da Black Consciousness durante sua longa luta contra o regime do apartheid e, já nos princípios dos anos 1970, desempenhou-se bastante na realização de uma Black Renaissance Convention na África do Sul.

O African Renaissance como doutrina da política exterior sul-africana não somente recorre à transição pacífica para a democracia na África do Sul como modelo para o continente, mas também transmite uma mensagem radical da libertação da África:

"The call for Africa's renewal, for an African Renaissance is a call to rebellion. We must rebel against the tyrants and the dictators, those who seek to corrupt our societies and steal the wealth that belongs to the people."

Algo desse radicalismo se perdeu no caminho do African Renaissance para NEPAD, embora o compromisso com a legitimidade democrática e a good governance tivesse sido mantido.

Mas African Renaissance reflete também o lado econômico da interação sul-africana com o resto do continente.

Dentro de um período muito curto depois do fim do apartheid, a África do Sul conseguiu abrir os mercados africanos, especialmente aqueles da África Austral e Oriental às suas exportações.

Já em 1999, a África recebeu mais do que 30% de todas as exportações sul-africanas, com crescente tendência.

Ademais, a África como mercado tem relevância estratégica para a África do Sul, porque tal mercado, ao contrário daquele da União Europeia ou dos Estados Unidos, recebe principalmente manufaturados sul-africanos.

Nesse grupo de produtos, a África do Sul tem certas vantagens comparativas principalmente nos mercados da Southern African Customs Union – SACU e da Southern African Development Community – SADC e chegou a dominar os mercados em países como Zimbábue ou Moçambique.

A insistência de Mbeki na divulgação do African Renaissance, de que o futuro da África do Sul seja intrinsecamente ligado àquele do continente inteiro não somente reflete uma preocupação com a imagem que o Ocidente tem da África, de uma junção entre África do Sul e continente, mas revelam em primeiro lugar os interesses econômicos deste país.

O NEPAD e os recursos mobilizados por esse plano beneficiariam a estratégia de inserção econômica da África do Sul no continente africano.

O African Renaissance acompanha ideologicamente a ofensiva sul-africana de exportação, e veste esta estratégia, que já gerou bastante rejeição e preocupação com tendências hegemônicas sul-africanas, com roupas mais suaves, progressistas e consensuais.

A terceira situação de contextualização do NEPAD seriam as manifestações continentais das relações entre os Estados africanos.

A trajetória do African Renaissance para o NEPAD revela as complexidades destas relações intra-africanas.

Em primeiro lugar, coloca-se mais uma vez a questão da hegemonia sul-africana sobre seus vizinhos.

A África do Sul não adaptou facilmente sua política exterior pós-apartheid a seu status de middle power, que "naturalmente", pelo seu potencial econômico e militar, exerce hegemonia no seu ambiente regional.

Nos primeiros anos depois de 1994, a inserção internacional do país ziguezagueou entre um realismo econômico, um moralismo ético eclético e a recusa de assumir um papel político regional correspondente a seu poder real.

Nos últimos anos, ficou mais assertiva e determinada, especialmente no que se refere a sua posição no continente africano.

Entretanto, em resposta tanto ao legado da política exterior agressiva, militarista e dominante do sistema do apartheid quanto às preocupações dos seus vizinhos sobre seu potencial hegemônico, a África do Sul favoreceu sistematicamente a diplomacia multilateral, seja no contexto regional seja globalmente.

Para escapar da armadilha de ser uma potência regionalmente hegemônica, talvez sem querer, e para seguir a orientação do multilateralismo, Mbeki obviamente tinha que ampliar a base sustentadora de sua proposta de African Renaissance.

Optou por envolver na primeira fase a Nigéria, outro país potencialmente hegemônico na sua região, e que tinha alcançado em 1999, superando 15 anos de ditadura militar, um renascimento democrático um pouco parecido com a transformação da África do Sul.

Internacionalmente, o regime democrático do Presidente Obasanjo se projetou semelhantemente à África do Sul, sublinhando a centralidade da nova experiência democrática e a universalidade dos seus valores.

Entre a África do Sul e a Nigéria redemocratizada se desenvolveu rapidamente um "eixo estratégico", construído em cima de valores comuns nas políticas domésticas e exteriores e, principalmente, em relação às estratégias de inserção internacional do continente africano, e manifestando-se na criação de uma Comissão Mista entre os dois países, em outubro de 1999.

Com a África do Sul e a Nigéria se juntaram assim, em prol do NEPAD, os dois países africanos economicamente mais fortes.

Nesse estágio, o plano parece ter entrado em meio ao velho cisma entre Estados francófonos e anglófonos, chocando-se também com o avanço político continental da Líbia, focalizando o projeto da União Africana (UA).

A França teria condicionado a sua aprovação do plano a uma conciliação entre o NAI de Mbeki e o plano Omega do – francófono – Presidente senegalês Wade.

Segundo analistas, teria se formado uma aliança de interesses entre França, Líbia e Senegal, de um lado, baseada na sua competição com os interesses dos Estados Unidos, e a África do Sul – como "aliado" dos Estados Unidos na África – e a Nigéria, de outro lado.

Mbeki conseguiu esvaziar essa oposição com uma política de cooptação – que, aliás, reflete muito bem a ortodoxia sul-africana em resolver conflitos na África: o power sharing.

O grupo dos Presidentes fundadores foi ampliado com Senegal, Argélia e Egito.

Ademais, na distribuição das responsabilidades setoriais, a África do Sul cedeu o setor economicamente mais interessante – desenvolvimento infraestrutural – ao Senegal.

Entretanto, em termos de imagem e de projeção internacional, a África do Sul, junto com a Nigéria, mantiveram a liderança e a responsabilidade no seio do NEPAD.

O New Partnership for African Development tem chances de sucesso?

Certamente, o plano vai atrair certos recursos financeiros para a África.

Não é provável, contudo, que estes recursos e as políticas acompanhantes irão "salvar" a África ou realizar as ambiciosas, e altamente não realistas, metas econômicas do plano.

Por certo momento, a África conseguiu recuperar a iniciativa no discurso sobre a sua inserção internacional e seu desenvolvimento econômico.

Mas o preço desse sucesso superficial é alto e se reflete na natureza contraditória do próprio plano.

O plano e o marketing político em torno dele não são homogêneos.

O plano tenta reconciliar o irreconciliável.

Junta um discurso radical, que localiza a miséria africana nos séculos de sua integração na economia mundial e de sua exploração pelo Ocidente, com uma receita liberal ortodoxa, que pleiteia em favor da intensificação do nexo com o mercado internacional, aceitando as regras do jogo, cravadas em cima dos países pobres.

Festeja a sociedade civil, mas exclui completamente esta mesma sociedade das discussões sobre o plano, que ficam firmemente nos círculos dos Chefes de Estado.

Fala em "propriedade africana" do desenvolvimento do continente e dos valores implícitos, mas apresenta o pensamento ocidental hegemônico pós-guerra Fria.

Ademais, por enquanto os Chefes de Estado demonstram muito pouca seriedade com o momento mais interessante do plano: o compromisso assumido em prol de democracia, direitos humanos e good governance.

Quando, em março de 2002, o Presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, se reelegeu, desrespeitando plenamente estes celebrados valores, um grande número de governos africanos rejeitava qualquer censura e condenaram as pressões em cima do Zimbábue como interferência ilegítima nos assuntos internos de um país soberano.

Este episódio revelou com muita clareza as limitações da iniciativa de Mbeki: a tentativa de recuperar espaço político para a elite e o Estado não se concilia muito bem, na prática, com a propagação de valores democráticos.

Se um mecanismo independente de avaliação de práticas de governo (chamado de "African peer review mechanism"), criado em reação ao abalo que a crise zimbabuana causou para o NEPAD, resolverá o dilema, é tema para muitas dúvidas.

Observações do escriba: 1ª - Nenhum comentário sobre a “MISTERIOSA” AIDS. 2ª – O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estão presentes, sim senhor!

THABO MBEKI.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

INFORMAÇÕES GERAIS:

- Presidente da África do Sul.

- Período – 14 de junho de 1999 a 20 de setembro de 2008.

- Antecessor – Nelson Mandela.

- Sucessor – Kgalema Mojlanthe.

- Nascimento – 18 de junho de 1942, 74 anos, Idutywa, Cabo Oriental.

- Primeira-Dama – Zanele Dlamini.

- Partido – Congresso Nacional Africano.

Thabo Mvuyelwa Mbeki (Idutywa, 18 de Junho de 1942) é um político da África do Sul e ex-presidente do país, que governou entre 14 de junho de 1999, sucedendo a Nelson Mandela, e 20 de setembro de 2008, quando renunciou por falta de apoio político no parlamento de seu partido, o Congresso Nacional Africano, deixando o cargo vago.

Observações do escriba:

1ª – Na Wikipédia estão disponíveis três referências.

2ª – Nenhum comentário sobre a “MISTERIOSA” AIDS.

Categorias:

• Nascidos em 1942.

• Presidentes da África do Sul.

Esta página foi modificada pela última vez às 11h33min de 16 de março de 2013.

AZT ou ZIDOVUDINA.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A zidovudina ou AZT (azidotimidina) é um fármaco utilizado como antirretroviral, inibidor da transcriptase reversa (inversa).

Indicado para o tratamento da AIDS e contágio por Pneumocystis jirovecii.

Foi uma das primeiras drogas aprovadas para o tratamento da AIDS (no Brasil) ou SIDA (em Portugal).

Atualmente é usado no tratamento de infecções por VIH, em associação com outros medicamentos antirretrovirais, sendo neste último país um medicamento de uso exclusivo hospitalar.

Sua fórmula química é: C10H13N5O4.

HISTÓRICO.

A zidovudina foi a primeira droga aprovada para o tratamento da infecção do VIH/SIDA.

Jerome Horwitz do Barbara Ann Karmanos Cancer Institute e Wayne State University School of Medicine sintetizou o AZT em 1964, usando uma bolsa Federal do US National Institutes of Health (NIH).

O AZT foi originalmente pensado como uma droga anticâncer, mas foi arquivada quando se concluiu que não era suficientemente efetiva contra tumores em ratos.

Em 1974 W. Ostertag do Instituto Max Planck na Alemanha obteve indícios que o AZT era ativo numa cultura de retrovirus de ratos.

Em 1984, pouco após a confirmação de que o HIV era a causa da SIDA/AIDS, os cientistas na Burroughs Wellcome Co. (BW) começaram a pesquisar novos compostos para tratar a doença.

Burroughs Wellcome já tinha experiência nas doenças virais, liderada por cientistas que incluíam Gertrude Elion, David Barry, Phil Furman, Marty St. Clair, Janet Rideout, Sandi Lehman entre outros.

O seu esforço de investigação focou-se na enzima viral Transcriptase Reversa.

A Transcriptase Reversa é uma enzima que os retrovírus, incluindo o VIH, utilizam para se replicarem.

Os cientistas na BW começaram por identificar e sintetizar compostos e desenvolver um teste de despistagem para atividade contra retrovírus nos ratos.

Um composto com o código BW A509U foi testado e demonstrou uma potente atividade contra os vírus destes roedores.

Na mesma altura, Samuel Broder, Hiroaki Mitsuya, e Robert Yarchoan do National Cancer Institute (NCI) dos Estados Unidos da América tinham começado também os seu próprio programa independente para desenvolverem uma terapia para a SIDA/AIDS.

Os cientistas na BW não estava a trabalhar diretamente no VIH, e como tal os dois grupos decidiram trabalhar em conjunto.

Em fevereiro de 1985, os cientistas da NCI demonstraram que o BW A509U tinham uma atividade potente contra o VIH no tubo de ensaio, e alguns meses mais tarde, começaram a fase 1 inicial de ensaios clínicos do AZT na NCI, em colaboração com cientistas da Burroughs Wellcome e da Duke University.

Este ensaio demonstrou que a droga podia ser administrada com segurança a pacientes com VIH e que podia aumentar as contagens de CD4 em doentes com VIH incluindo os com SIDA/AIDS.

Um teste aleatório com controlo por placebo do AZT foi subsequentemente realizado pela Burroughs-Wellcome, no qual foi demonstrado que o AZT podia prolongar a vida de pacientes com SIDA/AIDS.

Burroughs Wellcome Co. pediu a patente do AZT em 1985.

A Food and Drug Administration (FDA) aprovou a droga (através do então recentemente criado FDA accelerated approval system) para uso contra VIH, SIDA/AIDS, e AIDS Related Complex (ARC, um dermo médico que deixou de ser usado para doenças pré-SIDA/AIDS) em 20 de março de 1987.

O tempo entre a primeira demonstração que o AZT era ativo contra o VIH no laboratório e a sua aprovação foi de apenas 25 meses, que é um dos mais curtos períodos de desenvolvimento de uma droga na história recente.

O AZT foi subsequentemente aprovado como tratamento preventivo em 1990.

Foi inicialmente administrado em doses muito maiores que as atuais, tipicamente 400 mg a cada quatro horas (mesmo durante a noite).

No entanto, a falta de alternativas na altura para tratar a SIDA/AIDS afetou o rácio risco/benefício, com a garantida toxicidade da infecção HIV ultrapassando o risco de toxicidade da droga.

Um dos efeitos secundários do AZT é anemia, uma queixa frequente nos ensaios clínicos.

Os regimes de tratamento atuais envolvem doses menores (e.g., 300 mg) de AZT tomados duas vezes ao dia, e quase sempre como parte da highly active antiretroviral therapy (HAART).

O AZT é combinado com outras drogas para evitar a mutação do HIV em formas resistentes ao AZT.

A estrutura cristalina do AZT foi referenciada por Alan Howie (Universidade de Aberdeen) em 1988.

No estado sólido o AZT forma uma rede de ligações de hidrogênio.

MECANISMO de AÇÃO.

É fosforilizada no interior da célula para monofosfato de zidovudina através da timidinocinase celular. O monofosfato se converte em difosfato pela ação da dimitilatocinase celular e logo se converte em trifosfato através de outras enzimas celulares.

O trifosfato de zidovudina compete como substrato com o trifosfato de timidina natural para se incorporar às cadeias do DNA viral, que se formam pela ação da transcriptase inversa do retrovírus (DNA polimerase dependente de RNA).

Uma vez incorporado, o trifosfato de zidovudina interrompe prematuramente o crescimento da cadeia de DNA, já que o grupo 3'-azida impede novas uniões fosfodiéster-5'-3' e, portanto, inibe a divisão do vírus.

A afinidade da zidovudina com a transcriptase inversa do retrovírus é maior que com a-DNA-polimerase humana e permite a inibição seletiva da replicação viral sem bloquear a replicação celular.

O ácido acetilsalicílico (aspirina) interage com a zidovudina ficando mais difícil de ser eliminada e mais tóxica. Então deve ser evitado.

EFEITOS COLATERAIS.

Os efeitos colaterais mais comuns (>1%) foram:

• Anemia.

• Astenia (fraqueza).

• Cansaço.

• Confusão mental.

• Constipações.

• Diarreia.

• Dor de cabeça.

• Estomatite (feridas na boca).

• Granulopenia (diminuição dos LEUCÓCITOS).

• Mal estar.

• Manchas na pele.

• Náusea.

• Perda de apetite.

• Tosse.

• Ulcerações.

• Vômito.

NOMES COMERCIAIS.

• Azotine - Argentina.

• Novo-AZT - Canadá.

• Produvir - Brasil.

• Retrovir - África do Sul, Alemanha, Argentina, Áustria, Austrália, Bélgica, Brasil, Chile, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Grécia, Hong Kong, Índia, Irlanda, Israel, Itália, Malásia, México, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Singapura, Suécia, Suíça, Tailândia.

• Revirax - Brasil.

• Virozid - Brasil.

• Zidovir - Brasil, Índia.

• Zidovusan - Brasil.

CRÍTICA.

O filme vencedor de três Oscars baseado em fatos reais “Clube de Compras Dallas” (Dallas Buyers Club, 2013) faz uma DURA CRITICA sobre a TOXIDADE do MEDICAMENTO AZT, a forma em que a dosagem foi medicada, a distribuição do medicamento e a indústria farmacêutica do AZT nos primeiros pacientes de AIDS na década de 80.

Observação do escriba: Na Wikipédia estão disponíveis quatro bibliografias e doze referências sobre a tóxica AZT.

Escolhemos uma bibliografia - Maggiore, Christine, “E se TUDO o QUE VOCÊ OUVIU SOBRE a AIDS ESTIVER ERRADO?”, Paulus Editora, 2003, pp 33–35.

Categorias:

• Análogos nucleosídeos inibidores da transcriptase inversa (reversa).

• Síndrome da ImunoDeficiência Adquirida.

Esta página foi modificada pela última vez às 16h08min de 21 de junho de 2016.

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.

PANACEIA* - UM SER SUPERIOR mandou mudar a “mensagem”.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura, boa saúde, pensamentos positivos e BOM DIA.

ARACAJU, capital do Estado de SERGIPE (Ex-PAÍS do FORRÓ e futuro “PAÍS da BOMBA ATÔMICA”), localizado no BRASIL, Ex-PAÍS dos fumantes de CIGARROS e futuro “PAÍS dos MACONHEIROS”. Quinta-feira, 06 de abril de 2017.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: (1) – Revista Brasileira de Política Internacional, volume 45, nº 01, Brasília, Janeiro/Junho de 2002. (2) – Wikipédia. (3) - OUTRAS FONTES.