A LIBERDADE... A VONTADE... "A VIDA e a MORTE MISTERIOSA da cantora CLARA NUNES" (1ª parte). TEORIA da CONSPIRAÇÃO - 48ª parte.

AUTO-HEMOTERAPIA, Dr. Fleming e sua PANACEIA*...

Artigo Extra.

TEORIA da CONSPIRAÇÃO – (48ª parte).

AVISO INICIAL - A 3ª parte sobre a importância do estudo da MEDULA ÓSSEA para desatar o nó sobre a AUTO-HEMOTERAPIA será escrito proximamente. Tenho muita coisa para ler, tenho muito a pesquisar e tenho muito que escrever. Estamos apenas no começo da luta.

SEGUNDO AVISO – As narrativas sobre “AS BATALHAS do Dr. LUIZ MOURA” terão continuidade.

“A VIDA e a MORTE MISTERIOSA da cantora CLARA NUNES” - (1ª parte).

CLARA NUNES.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

INFORMAÇÕES GERAIS:

- Nome completo – Clara Francisca Gonçalves Pinheiro.

- Também conhecida como – “A Guerreira”.

- Nascimento – 12 de agosto de 1942.

- Origem – Paraopeba, Minas Gerais, Brasil.

- Data da morte – 02 de abril de 1983 (40 anos).

- Gêneros – Samba, MPB.

- Instrumento – Voz.

- Período em atividade – 1960-1983.

Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, Clara Nunes (Paraopeba, interior de Minas Gerais, 12 de agosto de 1942 — Rio de Janeiro, 02 de abril de 1983), foi uma cantora brasileira, uma das maiores intérpretes do país.

Pesquisadora da música popular brasileira, de seus ritmos e de seu folclore, Clara também representa o Brasil na África.

Conhecedora das danças e das tradições afro-brasileiras, converteu-se à umbanda.

Clara Nunes é uma das cantoras que mais gravariam canções dos compositores da Portela, sua escola do coração.

Também foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, quebrando um tabu do qual as mulheres não vendiam discos.

BIOGRAFIA.

Mais jovem dos sete filhos do casal Manuel Ferreira de Araújo e Amélia Gonçalves Nunes, Clara Nunes nasceu no interior de Minas Gerais, no Distrito de Cedro - à época pertencente ao município de Paraopeba -, e depois esse distrito virou cidade e foi emancipado com o nome de Caetanópolis, onde viveu até os 16 anos.

Marceneiro na fábrica de tecidos Cedro & Cachoeira, o pai de Clara era conhecido como Mané Serrador e também era violeiro e participante das festas de Folia de Reis.

Mas Manuel morreu em 1944 e, pouco depois, Clara ficaria também órfã de mãe e acabaria sendo criada por sua irmã Dindinha (Maria Gonçalves) e o irmão José (conhecido como Zé Chilau).

Naquela época, Clara participava de aulas de catecismo na matriz da Cruzada Eucarística. Lá também cantava ladainhas em latim no coro da Igreja.

Segundo as suas próprias palavras, cresceu ouvindo Carmem Costa, Ângela Maria e, principalmente, Elizeth Cardoso e Dalva de Oliveira, das quais sempre teve muita influência, mantendo, no entanto, estilo próprio.

Em 1952, ainda menina, Clara venceu seu primeiro concurso de canto organizado em sua cidade, interpretando "Recuerdos de Ypacaraí".

Como prêmio, ganhou um vestido azul. Aos 14 anos, Clara ingressou como tecelã na fábrica Cedro & Cachoeira, a mesma para o qual seu pai trabalhou.

Teve que se mudar para Belo Horizonte, indo morar com a irmã Vicentina e o irmão Joaquim, por causa do assassinato de um namorado, cometido em 1957 por seu irmão Zé Chilau.

Na capital mineira, Clara trabalhou como tecelã durante o dia e fez o curso normal à noite. Aos finais de semana, participava dos ensaios do Coral Renascença, na Igreja do bairro onde morava.

Naquela época, conheceu o violonista Jadir Ambrósio, conhecido por ter composto o hino do Cruzeiro.

Admirado com a voz da jovem de 16 anos, Jadir levou Clara a vários programas de rádio, como "Degraus da Fama", no qual ela se apresentou com o nome de Clara Francisca.

MUDANÇA de SOBRENOME.

No início da década de 1960, Clara conheceu também Aurino Araújo (irmão de Eduardo Araújo), que a levou para conhecer muitos artistas. Aurino também seria seu namorado durante dez anos.

Por influência do produtor musical Cid Carvalho, mudou o nome para Clara Nunes, usando o sobrenome da mãe.

Quando solteira se chamava Clara Francisca Gonçalves de Araújo, depois de casada foi que adotou o sobrenome Pinheiro.

Em 1960, já com o nome de Clara Nunes e ainda como tecelã, ela venceu a etapa mineira do concurso "A Voz de Ouro ABC", com a música "Serenata do Adeus", composta por Vinicius de Moraes e gravada anteriormente por Elizeth Cardoso.

Na final nacional do concurso realizada em São Paulo, Clara Nunes obteve o terceiro lugar com a canção "Só Adeus" (de Jair Amorim e Evaldo Gouveia).

A partir daí, Clara Nunes começou a cantar na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte. Durante três anos seguidos foi considerada a melhor cantora de Minas Gerais.

Ela também passou a se apresentar como crooner em clubes e boates na capital mineira e chegou a trabalhar com o então baixista Milton Nascimento - àquela altura conhecido como Bituca.

Naquela época, fez sua primeira apresentação na televisão, no programa de Hebe Camargo em Belo Horizonte.

Em 1963, Clara Nunes ganhou um programa exclusivo na TV Itacolomi, chamado "Clara Nunes Apresenta" e exibido por um ano e meio. No programa se apresentavam artistas de reconhecimento nacional, entre os quais Altemar Dutra e Ângela Maria.

Viveu em Belo Horizonte até 1965, quando se mudou para a cidade do Rio de Janeiro, mais especificamente para Copacabana.

OS PRIMEIROS DISCOS.

Já no Rio de Janeiro, Clara Nunes se apresentava em vários programas de televisão, como José Messias, Chacrinha, Almoço com as Estrelas e Programa de Jair do Taumaturgo.

Antes de aderir ao samba, Clara cantava especialmente boleros. Além de emissoras de rádios e televisão, ela também percorreu escolas de samba, clubes e casas noturnas nos subúrbios cariocas.

Ainda em 1965, ela passou por um teste como cantora na gravadora Odeon, onde registrou pela primeira vez a sua voz em um LP.

O disco foi lançado pela Rádio Inconfidência (onde Clara trabalhou quando morava em Belo Horizonte) e contava com a participação de outros artistas, todos da Odeon.

No ano seguinte, Clara foi contratada por esta gravadora, a primeira e a única em toda a sua vida. Naquele mesmo ano, foi lançado o primeiro LP oficial da cantora, "A Voz Adorável de Clara Nunes".

Por insistência da gravadora para que ela interpretasse músicas românticas, Clara apresentou neste álbum um repertório de boleros e sambas-canções, mas o LP foi um fracasso comercial.

Em 1968, Clara Nunes gravou "Você Passa e Eu Acho Graça", seu segundo disco na carreira e o primeiro onde cantaria sambas. A faixa-título (de Ataulfo Alves e Carlos Imperial) foi seu primeiro grande sucesso radiofônico.

No ano seguinte, a Odeon lançou "A Beleza Que Canta", LP no qual a cantora interpretou "Casinha Pequena", uma canção de domínio público.

Ainda em 1969, Clara Nunes ganhou o primeiro lugar no "I Festival da Canção Jovem de Três Rios" com a música "Pra Que Obedecer" (de Paulinho da Viola e Luís Sérgio Bilheri) e ainda classificou a canção "Encontro" (de Elton Medeiros e Luís Sérgio Bilheri) na terceira colocação.

Ficou em oitavo lugar no "IV Festival Internacional da Canção Popular" com a música "Ave Maria do Retirante" (de Alcyvando Luz e Carlos Coqueijo), que foi lançada naquele mesmo ano em disco homônimo.

AFIRMAÇÃO no SAMBA.

Em 1970, Clara Nunes se apresentou em Luanda, capital angolana, em convite de Ivon Curi.

No ano seguinte, a cantora gravou seu quarto LP, no qual interpretou "Ê Baiana" (de Fabrício da Silva, Baianinho, Ênio Santos Ribeiro e Miguel Pancrácio), música que obteve considerável sucesso no carnaval de 1971, e "Ilu Ayê", samba-enredo da Portela (de autoria de Norival Reis e Silvestre Davi da Silva).

Na capa do álbum, a cantora mineira fez um permanente nos cabelos pintados de vermelho e passou a partir daí a se vestir com roupas que remetiam às religiões afro-brasileiras.

Em 1972, Clara se firmou como cantora de samba com o lançamento do álbum "Clara Clarice Clara".

Com arranjos e orquestrações do maestro Lindolfo Gaya e com músicos como o violonista Jorge da Portela e Carlinhos do Cavaco, o disco teve como grandes destaques as canções "Seca do Nordeste" (um samba-enredo da escola de samba Tupi de Brás de Pina), "Morena do Mar" (de Dorival Caymmi), "Vendedor de Caranguejo" (de Gordurinha), "Tributo aos Orixás" (de Mauro Duarte, Noca e Rubem Tavares) e a faixa-título "Clara Clarice Clara" (de Caetano Veloso e Capinam).

Ainda naquele ano, Clara Nunes se apresentou no "Festival de Música de Juiz de Fora" e gravou um compacto simples da música "Tristeza, Pé no Chão" (de Armando Fernandes), que vendeu mais de 100 mil cópias.

A Odeon lançou em 1973 o disco "Clara Nunes". Naquele mesmo ano, a cantora estreou com Vinicius de Moraes e Toquinho o show "O poeta, a moça e o violão" no Teatro Castro Alves, em Salvador.

Também em 1973, Clara foi convidada pela Radiotelevisão Portuguesa para fazer uma temporada em Lisboa.

Depois, percorreu alguns outros países da Europa, como a Suécia, onde gravou um especial ao lado da Orquestra Sinfônica de Estocolmo para a TV local.

SUCESSO COMERCIAL.

Clara Nunes integrou a comissão que representou o Brasil no "Festival do Midem", em Cannes, em 1974. Por lá, a Odeon lançou somente para o público europeu o disco "Brasília", que foi base para o LP "Alvorecer".

Este álbum emplacou grandes sucessos como "Conto de Areia" (de Romildo S. Bastos e Toninho Nascimento), "Menino Deus" (de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro) e "Meu Sapato Já Furou" (de Mauro Duarte e Elton Medeiros).

O LP bateu recorde de vendagem para cantoras brasileiras, com mais de 300 mil cópias vendidas, um feito nunca antes registrado no Brasil.

Ainda em 1974, a cantora atuou (ao lado de Paulo Gracindo), em "Brasileiro Profissão Esperança", espetáculo de Paulo Pontes, referente à vida da cantora e compositora Dolores Duran e do compositor e jornalista Antônio Maria.

O show ficou em cartaz no Canecão até 1975 e gerou o disco homônimo.

Também em 1975, a Odeon lançaria ainda o LP "Claridade". Com grandes sucessos como "O Mar Serenou" (de Candeia) e "Juízo Final" (de autoria de Nelson Cavaquinho e Élcio Soares), este álbum se tornou o maior sucesso da carreira da cantora, batendo o recorde de vendagem feminina e alavancando o samba-enredo da Portela na avenida, "Macunaíma, Herói da Nossa Gente" (de autoria de Norival Reis e Davi Antônio Correia), com o qual a escola classificou-se em 5º lugar no Grupo 1.

Ainda naquele ano de 1975, Clara casou-se com o poeta, compositor e produtor Paulo César Pinheiro e percorreu vários países da Europa em turnê.

Clara Nunes gravou o LP "Canto das Três Raças" em 1976. Além da faixa-título (de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), grande sucesso na carreira da cantora, o disco contava ainda com "Lama" (de Mauro Duarte), "Tenha Paciência" (de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), "Riso e Lágrimas" (de Nelson Cavaquinho, Rubens Brandão e José Ribeiro), "Fuzuê" (de Romildo e Toninho) e "Retrato Falado" (de Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro).

Em 1977, a Odeon lançou o disco "As Forças da Natureza", um álbum mais dedicado ao partido alto. O LP teve como principais destaques a faixa-título (de João Nogueira e Paulo César Pinheiro), "Coração Leviano" (de Paulinho da Viola) e "Coisa da Antiga" (de Wilson Moreira e Nei Lopes).

O disco ainda contou com a participação de Clementina de Jesus na faixa "PCJ-Partido da Clementina de Jesus" (de Candeia) e lançou "À Flor da Pele", primeira composição de Clara (feita em parceria com Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro).

Em 1978, foram lançados os álbuns "Guerreira", no qual Clara interpretou vários ritmos brasileiros além do samba - sua marca registrada -, e "Esperança", com destaque para a faixa "Feira de Mangaio" (de Sivuca e Glorinha Gadelha).

Ainda naquele ano, participou do LP "Vida Boêmia", de João Nogueira, no qual interpretou "Bela Cigana" (de João Nogueira e Ivor Lancellotti), e esteve - ao lado de Chico Buarque, Maria Bethânia e outros artistas - no show do Riocentro, que marcaria a história política brasileira devido à explosão de uma bomba.

Em 1979, Clara participou do LP "Clementina", de Clementina de Jesus. Naquele mesmo ano, a cantora mineira se submetia a uma histerectomia (remoção do útero), após sofrer três abortos espontâneos, por causa dos miomas que possuía no útero.

Também carregava problemas desse tipo desde a infância. Ela tentou todos os métodos e não obtinha respostas.

Por nutrir obsessão pela maternidade, a impossibilidade de ser mãe a fez sofrer muito, causando a Clara Nunes fortes abalos emocionais, superados pela entrega absoluta à carreira artística, a fazendo compor músicas belíssimas e de intensa carga emocional.

ÚLTIMOS ANOS de VIDA.

Em 1980, Clara Nunes gravou o álbum "Brasil Mestiço", que fez sucesso nas emissoras de rádio de todo o país com "Morena de Angola" (composta por Chico Buarque), "Brasil Mestiço, Santuário da Fé" (de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), "Peixe com Coco" (de Alberto Lonato, Josias e Maceió do Cavaco), "Última Morada" (de Noca da Portela e Natal) e "Viola de Penedo" (de Luiz Bandeira).

Ainda naquele ano, a cantora participou dos LPs "Cabelo de Milho" (de Sivuca) e "Fala Meu Povo" (de Roberto Ribeiro), e viajou para Angola representando o Brasil ao lado de Elba Ramalho, Djavan, Dorival Caymmi e Chico Buarque, entre outros.

Gravou em 1981 o LP "Clara", com grande sucesso para a música "Portela na Avenida" (de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), com a participação especial da Velha Guarda da Portela nesta faixa, e estreou o show "Clara Mestiça" (dirigido por Bibi Ferreira).

Ainda naquele ano, a Odeon lançou uma coletânea intitulada "Sucesso de Ouro".

Em 1982, a Odeon lançaria "Nação", o último álbum de estúdio da cantora. O LP teve como destaques a faixa-título (de João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio), "Menino Velho" (de Romildo e Toninho), "Ijexá" (de Edil Pacheco), "Serrinha" (de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro) - uma homenagem dos compositores à escola de samba Império Serrano e ao Morro da Serrinha, reduto do jongo, situadas em Madureira, subúrbio carioca.

Ainda naquele ano, Clara se apresentou na Alemanha ao lado de Sivuca e Elba Ramalho e participou do LP "Kasshoku", lançado no Japão pela gravadora Toshiba/EMI, gravando um especial para a emissora de TV NHK.

MORTE POLÊMICA.

Ver artigo principal: Morte de Clara Nunes.

Em 05 de março de 1983, Clara Nunes se submeteu a uma aparentemente simples cirurgia de varizes, mas a cantora acabou tendo uma reação alérgica a um componente do anestésico.

Clara sofreu uma parada cardíaca e permaneceu durante 28 dias internada na UTI da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro.

Neste ínterim, a cantora foi vítima de uma série de especulações que circulavam nos meios de comunicação sobre sua internação, entre elas inseminação artificial, aborto, tentativa de suicídio.

Na madrugada do sábado de Aleluia de 02 de abril de 1983, a poucos meses de seu 41º aniversário, Clara foi declarada morta em razão de um choque anafilático.

A sindicância aberta pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro na época foi arquivada, o que geraria por muitos anos suspeitas sobre as causas da morte da cantora.

O corpo da cantora foi velado por mais de 50 mil pessoas na quadra da escola de samba Portela. O sepultamento no Cemitério São João Batista foi acompanhado por uma multidão de fãs e amigos.

Em sua homenagem, a rua em Oswaldo Cruz onde fica a sede da Portela, sua escola de coração, recebeu seu nome (antiga Rua Arruda Câmara).

APÓS a MORTE.

Em 1986, a Velha Guarda da Portela interpretou "Flor do Interior" (de Manacéa), uma das muitas músicas feitas em homenagem à Clara Nunes, no disco "Doce Recordação" - produzido por Katsunori Tanaka e lançado no Japão.

Outro compositor, Aluísio Machado (da Império Serrano), também compôs a música "Clara" em homenagem à cantora.

Em 1988, Maria Gonçalves (irmã mais velha de Clara Nunes, que passou a criar a cantora quando esta tinha apenas quatro anos) reuniu várias peças do vestuário, adereços e objetos pessoais da cantora, e criou uma sala que abriga o acervo de sua obra em um espaço físico com cerca de 120 metros, anexado à creche que leva o seu nome em Caetanópolis.

Em 1989, a gravadora EMI-Odeon produziu a coletânea "Clara Nunes, O Canto da Guerreira".

Também naquele ano, o selo WEA lançou para o mercado estadunidense o álbum "O Samba: Brazil Classics 2", com vários artistas e incluindo Clara Nunes.

Três anos depois, a EMI-Odeon lançou "Série 2 em 1", compilação em CD de dois LPs: "Brasil Mestiço" e "Nação", e a gravadora norte-americana World Pacific lançou "Best of Clara Nunes" no mercado dos Estados Unidos.

Em 1993, o selo Som Livre lançou "Clara Nunes - 10 anos" - em lembrança ao décimo aniversário de morte da cantora - e a EMI-Odeon lançou pela "Série 2 em 1" os discos "Adoniran Barbosa" e "Adoniram Barbosa e Convidados", este último também contou com a participação de Clara Nunes.

Esta mesma gravadora lançaria em 1994 as coletâneas "O Canto da Guerreira", "O Canto da Guerreira Volume 2" e "Meus Momentos".

Também naquele ano, a gravadora Saci lançou o álbum "Homenagem a Mauro Duarte", que contou com a voz de Clara Nunes, uma de suas maiores amigas e a sua principal intérprete.

Em 1995, a Odeon lançou "Clara Nunes com Vida", álbum produzido por Paulo César Pinheiro e José Milton, no qual foram acrescidas as vozes de outros artistas - Emílio Santiago, Martinho da Vila, Chico Buarque, Nana Caymmi, Roberto Ribeiro, João Bosco, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Alcione, Marisa Gata Mansa, Paulinho da Viola, Ângela Maria e João Nogueira - fazendo duetos com Clara Nunes, e "O Talento de Clara Nunes", outra coletânea.

No ano seguinte, a EMI-Odeon reeditou a obra completa de Clara Nunes, que incluíam 16 discos com as capas reproduzidas do original, remasterizados no Estúdio Abbey Road, em Londres, considerado o melhor do mundo.

Três anos depois, a cantora Alcione gravou "Claridade", uma álbum com os maiores sucessos da carreira da amiga.

Em 2001, foi apresentado no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, o musical "Clara Nunes Brasil Mestiço", e no ano seguinte foi lançado o livro "Velhas Histórias, Memórias Futuras" de Eduardo Granja Coutinho, no qual o autor faz várias referências à cantora.

Em comemoração aos seus 60 anos, que seriam completados em 2003, a gravadora DeckDisc lançou "Um Ser de Luz - Saudação à Clara Nunes", álbum produzido por Paulão Sete Cordas e que contou a participação de diversos artistas interpretando parte de seu repertório, como Mônica Salmaso ("Alvorecer"), Élton Medeiros ("Lama"), Rita Ribeiro ("Morena de Angola"), Mart'nália ("Ijexá"), Fafá de Belém ("Sem Compromisso"), Renato Braz ("Menino Deus" e "Nação"), Falamansa ("Feira de Mangaio"), Monarco e Velha Guarda da Portela ("Peixe com Coco"), Cristina Buarque ("Derramando Lágrimas"), Dona Ivone Lara ("Juízo Final"), Nilze Carvalho ("A Deusa dos Orixás"), Teresa Cristina ("As Forças da Natureza"), Pedro Miranda ("Candongueiro"), Alfredo Del Penho ("Coisa da Antiga"), Wilson Moreira ("O Mar Serenou"), Helen Calaça ("Basta um Dia") e ainda participações de Seu Jorge, Walter Alfaiate e Elza Soares, entre outros.

No ano seguinte, a mesma gravadora lançou "Clara Nunes canta Tom e Chico", coletânea na qual compilou algumas gravações de discos anteriores da cantora, entre elas "Apesar de Você", "Umas e Outras", "Desencontro", "Morena de Angola" e "Novo Amor" (todas de Chico Buarque), "Insensatez" e "A Felicidade" (de Tom Jobim e Vinícius de Moraes), além de "Sabiá" (da dupla Tom e Chico).

Em 2006 foi encontrada mais uma interpretação inédita de Clara Nunes.

A composição "Quem Me Dera" (de Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho) foi incluída no álbum póstumo de Maurício Tapajós, "Sobras Repletas", que também trouxe uma outra composição, também em sua homenagem, desta vez feita em sua homenagem, "Surdina" (de Maurício Tapajós e Cacaso).

Em 2007, o jornalista Vagner Fernandes lançou a biografia "Clara Nunes - Guerreira da Utopia", que trouxe entrevistas com vários compositores e intérpretes, entre os quais Chico Buarque, Paulinho da Viola, Alcione, Hermínio Bello de Carvalho, Hélio Delmiro, Milton Nascimento, Monarco e Paulo César Pinheiro, além de familiares e amigos.

Festival Cultural Clara Nunes - Em agosto de 2006 a Prefeitura de Caetanópolis lançou o 1º Festival Cultural Clara Nunes, com o objetivo de desenvolver a cultura no município e região, e também resgatar a obra da cantora.

O Festival Cultural Clara Nunes faz parte dos eventos culturais da cidade e todo ano é realizado no mês de agosto, mês de nascimento de Clara Nunes.

Em 4 de agosto de 2007, na abertura do 2º Festival, a Prefeitura Municipal de Caetanópolis inaugurou a Casa de Cultura Clara Nunes, onde havia sido o cinema da cidade e onde Clara Nunes se apresentou pela primeira vez.

A Casa de Cultura Clara Nunes, administrada pela Secretaria Municipal de Cultura, é local onde se realizam oficinas de dança, música, pintura e teatro, oferecidas gratuitamente à população.

Instituto Cultural Clara Nunes - O Instituto Clara Nunes foi fundado em 19 de maio de 2005 pela irmã de Clara, Maria Gonçalves (a Dindinha), conhecida na cidade como Mariquita, e está instalado no mesmo prédio onde funciona a Creche Clara Nunes e o Artesanato Ponto de Luz, que produz tapetes cuja venda ajuda na manutenção da Creche.

O Instituto foi criado para administrar e zelar pelo acervo da cantora.

Em agosto de 2012 será inaugurado o Memorial Clara Nunes, com a exposição do acervo.

DITADURA MILITAR.

Documento confidencial do Centro de Informações do Exército, datado de 1971, menciona Clara Nunes em uma lista de artistas que colaboravam com a ditadura militar de 1964 (mais precisamente, segundo o documento, artistas que "se uniram à Revolução de 1964 no combate à subversão" ou "estão sempre dispostos a uma efetiva cooperação com o Governo").

O documento tratava de suposta campanha difamatória realizada por veículos da imprensa contra esses artistas.

A informação foi considerada surpreendente por Vagner Fernandes, biógrafo da cantora. Segundo ele, Clara não era muito envolvida com política.

Ela chegara a gravar versão de "Apesar de Você", canção de Chico Buarque com letra crítica à ditadura, mas — também segundo seu biógrafo — o fizera sem dar-se conta dessa temática implícita.

DISCOGRAFIA.

Ver artigo principal: Anexo: Discografia de Clara Nunes.

OBRA.

• 1966 - A Voz Adorável de Clara Nunes.

• 1968 - Você Passa, Eu Acho Graça.

• 1969 - A Beleza Que Canta.

• 1971 - Clara Nunes (Odeon) 158.710 cópias vendidas.

• 1972 - Clara Clarice Clara (Odeon) 164.542 cópias vendidas.

• 1973 - Clara Nunes (Odeon) 250.120 cópias vendidas.

• 1974 - Brasileiro Profissão Esperança (Odeon) 219.010 cópias vendidas.

• 1974 - Alvorecer (Odeon) 784.028 cópias vendidas.

• 1975 - Claridade (Odeon) 1.125.410 cópias vendidas.

• 1976 - Canto das Três Raças (EMI-Odeon) 1.285.058 cópias vendidas.

• 1977 - As Forças da Natureza (EMI-Odeon) 809.047 cópias vendidas.

• 1978 - Guerreira (EMI-Odeon) 1.011.005 cópias vendidas.

• 1979 - Esperança (EMI-Odeon) 900.485 cópias vendidas.

• 1980 - Brasil Mestiço (EMI-Odeon) 2.002.450 cópias vendidas.

• 1981 - Clara (EMI-Odeon) 811.587 cópias vendidas.

• 1982 - Nação (EMI-Odeon) 1.254.998 cópias vendidas.

AO VIVO.

• 1991 - A História dos Shows Inesquecíveis: Poeta, Moça e Violão (com Vinícius de Moraes e Toquinho) (Collector's) (vinil).

COLETÂNEAS.

• 1979 - Sucessos de Ouro (EMI-Odeon) 573.568 cópias vendidas.

• 1983 - Clara Morena (EMI-Odeon) 489.656 cópias vendidas.

• 1984 - Alvorecer (Som Livre) 501.254 cópias vendidas.

• 1984 - A Deusa dos Orixás (Som Livre) 415.074 cópias vendidas.

• 1985 - Clara (EMI-Odeon) 480.081 cópias vendidas.

• 1989 - O Canto da Guerreira (EMI) 400.456 cópias vendidas.

• 1990 - O Canto da Guerreira Vol.2 (EMI) 500.125 cópias vendidas.

• 1993 - 10 Anos (Som Livre) 200.425 cópias vendidas.

• 2003 - Para Sempre Clara.

• 2005 - Clara Nunes Canta Tom e Chico.

• 2007 - Mestiça (EMI).

• 2008 - Sempre (Som Livre).

TRIBUTOS.

• 1995 - Clara Nunes Com Vida (EMI) - Vários Artistas - 205.855 cópias vendidas.

• 1999 - Claridade (Globo/Universal) - Alcione.

• 2003 - Um Ser de Luz - Uma Saudação a Clara Nunes (Deckdisc) - Vários Artistas.

• 2013 - Ser de Luz – Uma homenagem a Clara Nunes (Universal Music) - Mariene de Castro.

DVD.

• 2008 - Clara Nunes (EMI - Globo Marcas) - Coletânea com alguns dos videoclipes da cantora exibidos no programa Fantástico - Rede Globo.

Observações do escriba:

1ª – Na Wikipédia estão disponíveis 12 (doze) referências e 3 (três) ligações externas sobre CLARA NUNES.

2ª – CATEGORIAS ESPECIAIS: – Dr. JESSE TEIXEIRA, Dr. RICARDO VERONESI, Dr. FLORAMANTE GARÓFALO, Dr. LUIZ MOURA e Dr. ANTÔNIO VIEIRA de MELLO.

Categorias:

• Nascidos em 1942.

• Mortos em 1983.

• Cantoras premiadas com o Troféu Imprensa.

• Clara Nunes.

• Naturais de Paraopeba.

• Sambistas.

• Portela.

• Cantoras afro-brasileiras.

• Cantores do Rio de Janeiro.

• Cantores de Minas Gerais.

• Cantoras meios-sopranos do Brasil.

• Umbandistas do Brasil.

• Cantores de música popular brasileira.

Esta página foi modificada pela última vez às 15h03min de 14 de março de 2017.

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA (AHT), também continua.

PANACEIA* - UM SER SUPERIOR mandou mudar a “mensagem”.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura, boa saúde, pensamentos positivos e BOM DIA.

ARACAJU, capital do Estado de SERGIPE (Ex-PAÍS do FORRÓ e futuro “PAÍS da BOMBA ATÔMICA”), localizado no BRASIL, Ex-PAÍS dos fumantes de CIGARROS e futuro “PAÍS dos MACONHEIROS”. Domingo, 19 de março de 2017.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: (1) – Wikipédia. (2) - Segundo (2º) DVD – AUTO-HEMOTERAPIA – Conversa com Dr. LUIZ MOURA. (3) - OUTRAS FONTES.