Um desabafo traço em meus dias. 
A questão da aposentadoria, com incertezas vigentes.
Sou sim funcionária pública desde 1988, onde iniciei como docente.
Tive n problemas, e fiquei até doente.
Hoje na SEESP após tantos anos ministrando aulas, acho que chegou a hora.
Não que jogue fora o ensinar, o transmitir o meu conhecimento na Disciplina de Química, na qual venho amar.
Mas o corpo já não tem a energia de outrora, quando iniciei.
Os meus dias, hoje guardados mais em minha cama, 
Do que em passeios e receio não aguentar mais.
Hoje leciono de maneira virtual,
Até mesmo citando que somos todos matéria e que se difere de componente curricular: Química, Física, Biologia, Língua Portuguesa....etc.
Também lembro que apesar de outra profissão, um hobby talvez, não ganho nada como escritora, pelo contrário acabo tendo muitos gastos, mas já que estou nesse mundo, vou até o fim.
Sei que nessa área muitos ganham em suas participações, em suas composições, e eu aqui me emociono ao ver algo meu publicado em muitas literaturas impressas ou om line.
Mas, voltando a questão de minha reflexão, não consigo entender o por que tantos descontos na questão de minha profissão.
E, vejo que outros funcionários públicos, em especial políticos, se aposentam após oito anos após trabalharem. E, dizem que somos nós: professores, médicos e policiais( funcionários não corruptos), quem quebramos a previdência???? Me poupe, isso também me adoece.
Peço que compreendam meus leitores, que a uma grande diferença nos vários tipos de funcionalismo público, e que professores( agentes de organização e outros servidores, sem ser políticos e parlamentares) ganhamos muito pouco, e que trabalhamos ás vezes em mais escolas do que nos são cabíveis, e que dependemos de ônibus, e não de motoristas particulares como ocorre com outros.
Reflito que em anos tenho 28 anos e alguns meses, na educação pública lecionando apenas na SEESP, em várias escolas. Iniciei na mesma escola em que conclui o Segundo Grau, atual Ensino Médio, EE Professor Alberto Conte, onde tive excelentes mestres, onde o ensino era maravilhoso. Onde a partir do 2º ano, pude escolher em Exatas e Biológicas, e Humanas. Tive excelentes professores de Química, Físcia e Biologia, o que me levou enveredar por esse caminho tão lindo.
Hoje vejo que o interesse é muito menor nessas áreas.
Reflito num angustiante reflexo de minha vida, onde a sensibilidade me deixa criar em palavras reais aquilo que muitos passam.
Hoje vemos uma querência do sr. Temer (presidente não escolhido pelo povo, e que deu um duro golpe na Nação, não que seja a favor da Sra Dilma, mas o que ele fez é questão de ausência de confiabilidade), com a ajuda do sr Fernando Henrique Cardoso o golpe da previdência, mas e a questão do caixa dois? Ou de outras incompetências e absurdos que ocorrem??? 
De repente acabo escrevendo o que outros profissionais da área gostaria de dizer.
Então caro leitor, pense reflita antes de me ofender.
Professor deveria ganhar muito para poder ensinar, já que hoje em dia, professor deve ter n funções em sala de aula, como pai/mãe, psicólogo, médico, cuidador, etc, além de ser professor é claro.
Desculpe - me mais esse desabafo.
Tereza Cristina Gonçalves Mendes Castro
São Paulo, 19 de Março de 2017.
Dia de São José. Dia da Família.
12:33h.

PS: sei que ao longo dos anos tive ausências, mas não fui dar passeios de jatinho, ou cruzeiros, nem mesmo aos shoppings, em especial ao Interlagos(mais próximo de casa), tive ausências por enfermidades do corpo e da alma, que não tiveram condições de eu estar dentro da sala de aula. Tive filhos, onde as licenças pelo ECA são providências, perdi filho e pai, tive 2 licenças nojos, sim e por fim quase um ano entre disfonia e afonia, rouquidão e ausência de voz, respectivamente.
Teka Castro
Enviado por Teka Castro em 19/03/2017
Reeditado em 19/03/2017
Código do texto: T5945765
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