Formatação de como é formado o pensamento.

O pensamento é ilógico, transitório, inacabado, por mais complexo que seja é subjetivo. Com efeito, o pensamento é representado, sendo que a representação depende da interpretação, de como é estruturado a memória.

Portanto, não existe a verdade em sua epistemologização absoluta, quanto menos empírico for o pensamento mais distante está de qualquer formatação objetiva. Então, o que é o saber sistematizado, a não ser sua relatividade.

Sendo assim, o pensamento é ideológico, sempre parcial, preso ao tempo histórico, produto da cultura daquele momento. A projeção em relação ao futuro, sempre dependerá do passado. A memória formula em geral a partir de múltiplas estruturas.

No entanto, está sempre impregnado na mente, o resultado das sínteses precárias das determinações sintáticas, o que é o cérebro, sua lógica ideológica. Sendo assim, independente, do modelo cultural propositado.

O cérebro é formatado por camadas representadas por diversas epistemologias ou sensos, corporificados como formas explicativas das coisas interpretadas.

Porém, não há a chamada razão livre, independente, pois toda forma de pensar é essencialmente condicionada, o entendimento é o cérebro formatado.

Desse modo, o homem é sua memória, toda forma de análise depende da solidificação da mente, o objeto apesar de certa relação dialética, a materialidade costuma ser a priori a projeção sintética no entendimento da realidade.

O homem tudo o que é, representa sua memória estruturada, sem a qual não é possível entender o psiquismo. Consequentemente, as ações, são antes determinadas por esse mecanismo em análise, o caráter ilógico da razão deformada.

Não tem como compreender uma fenomenalidade determinada, sem os compostos sintéticos memoriais, a mente não é uma realidade vazia em compreensão a um fato em estudo.

Desse modo, todo entendimento não é fruto exclusivamente da linguagem, como desejam os positivistas lógicos. É da natureza da razão o erro e não da vontade do sujeito. A impulsão sistêmica da memória leva a cognoscia ao equívoco.

A razão postula os entendimentos anteriores, por mais paradoxal que seja, dessa forma, não existe liberdade absoluta na formação do novo pensamento, ou seja do sujeito cognoscente.

Muito menos no seu uso em referência a finalidade, para entender as materialidades. O homem é o seu cérebro, sempre movido por ele. Quando surge a psicopatia, a diversidade das memorias formatadas, a perda logocêntrica de uma razão em substancialidade.

O presente remete consequentemente ao passado, almejado a formatação da nova consciência. Sendo assim, muito difícil rupturas epistemológicas absolutas, quando tal fenômeno acontece, é fundamental antes uma revolução epistemológica. Contrariamente, o sujeito vai ao desiquilíbrio.

Portanto, é necessário desenvolvermos mentes abertas, as suas reformulações ou novas construções. Todavia, no mundo cognitivo nada vem do nada, são indispensáveis a fortiori, os parâmetros comparativos.

Então se alguém perguntar o que pensar, como procedimento paradoxal, a não ser a consideração aos mecanismos de sínteses anteriores, ou seja, o que vem antes da razão formatada. O individuo poderá ser, sua lógica permanente reconstruída.

A grande questão se a anterioridade representa com certa subjetividade, o corpo material em referência, o que normalmente acontece. Como entender então, a formatação do pensamento coerente epistemologicamente, o que é quase impossível.

Quando tal canonicidade se efetiva, a realidade dos fatos fenomenológicos, denominamos de ideologização da materialidade. Com efeito, o sujeito não consegue entender a lógica do funcionamento da sua memória. Motivo pelo qual a dificuldade da reconstrução da mente.

O que diariamente, a memória costuma ser permanente, a razão ideologizada, pelo menos parcialmente. Portanto, sobretudo, quando se tratar das ciências do espírito, a identificação cultural deteriorada entre sujeito e cultura.

Portanto, o saber é quase sempre a reprodução das ideologias, tanto das memórias comuns, como das mentes epistemologizadas.

A verdade é a limitação do entendimento, da lógica factual, procedimentos presos não apenas a metafísica. A pergunta indispensável quando é que o pensamento formatado é cientifico?

Se tratando das ciências do espírito a referida pergunta não tem significação exata, simplesmente pelo fato de serem interpretativos todos os modos compreensivos.

Sendo assim, são ideologias, a verdade é subjetivada, individual, entretanto, não de outros. Dessa forma, a referida, está fora do espírito, enquanto materialidade exposta. Todavia, todas as formas do entendimento, só é possível pela subjetivação da memória.

Ela impõe por si mesma, como matéria bruta, objetivada em si, entretanto, o seu entendimento é forjado, como são as sínteses representativas, pelo menos parcialmente, sejam quais forem as tendências epistemológicas.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 17/03/2017
Reeditado em 18/03/2017
Código do texto: T5943759
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