Até quando?

O cyberbullying se constitui numa grande atração para alguns adolescentes, pois mesmo sabendo que irão se machucar eles lançam mão de tal prática. As mídias eletrônicas, que poderiam ser parceiras e grandes auxiliares em todo e qualquer momento, com o intuito de ajudar, facilitar e unir vidas passam a ser causadoras de inúmeros problemas e tudo isto porque foram usadas de modo inadequado.

O fato de fazerem parte da vida de todos os adolescentes facilita e conduz a muitos sofrimentos, pois alguns poderão usá-las de modo não muito adequado, tal qual para a prática do cyberbullying.

À medida que as mensagens vão sendo enviadas, percebe-se que um único “clic” é capaz de envolver várias vidas, pois o autor, ao iniciar e ter a aceitação do espectador consegue colocar em ação sua ideia: fazer vítimas. Sua atitude pode ter como base, uma vida sem regras, sem norteamento, bem como a solidão ou mesmo problemas originados na infância e não solucionados e que agora na adolescência retornam.

Por não saber lidar com esses problemas, o adolescente possui como válvula de escape passá-los adiante, ou seja, fazendo vítimas via cyberbullying. Ao tomar tal atitude ele se sente aliviado e feliz pensando que tudo está resolvido, ele não irá sofrer mais.

Esta satisfação do autor aliada à atuação do espectador, responsável por aceitar, reenviar e propagar as mensagens infere ao cyberbullying o poder de causar danos, mesmo que indiretamente, a todos os envolvidos, pois cada um sofre a seu modo.

Esta dor contagiante, ainda que muitos pensem se tratar de uma “brincadeira”, não possui fronteiras, mesmo porque, é causada por uma prática que envolve o ciberespaço, mas necessita ser trabalhada e com isto ter um fim.

A família, escola e a sociedade precisam atuar no sentido de acompanhar o uso das mídias eletrônicas pelos adolescentes. Ajudar, esclarecer e estar ao lado destes, sempre tentando fazer parte de seu mundo e assim, buscar entender por que praticam o cyberbullying, mesmo sabendo que num futuro bem próximo sofrerão com os próprios atos.

Os pais tem a obrigação de acompanhar as pesquisas do filho na internet, limitar o tempo de uso e proporcionar oportunidades para falarem de cyberbullying.

Não menos diferentes são as responsabilidades da sociedade. Seus componentes não podem esquecer que dentre seus vários papéis (independente se possuem ou não filhos) ou mesmo se não trabalham diretamente com a educação, possuem uma parcela de responsabilidade, por fazerem parte de uma mesma esfera social.

Sônia Maria dos Santos Araújo – Ms. em Educação

O RESPEITAR FAZ BEM!