O MEDO QUE TEMOS DA LIBERDADE!

Todo ser humano deseja ser livre. Desde cedo, a partir do momento que começamos a andar, o ir, vir, fazer e não fazer é desejo de todos. Quando chegamos à adolescência a busca por liberdade cresce ainda mais. Ir à uma festa, viajar, passear e se divertir com os amigos sem os pais por perto é o sonho de consumo da grande maioria deles. Chegando à vida adulta, a independência parece começar a aparecer. Trabalhamos, nos relacionamos, estudamos e isso nos dá uma sensação de que finalmente somos livres. Mas, parece que é justamente nesta fase (um tanto quanto paradoxal) que nos tornamos “escravos”. Por exemplo: Existe uma passagem na bíblia em que o povo hebreu ao ser liberto das garras de Faraó começa a reclamar com Moisés dizendo que se fosse para eles passarem fome e morrer no deserto, era melhor que ficassem presos a tirania do rei egípcio, porque pelo menos lá, tinham garantia de água, comida e família. Quer dizer: para eles o fato de estarem livres não era relevante se comparada às "mordomias" que haviam perdido. Será que não é mais ou menos isso que acontece com muitos de nós também? Creio que sim. Preferimos as “gaiolas da vida”, pois elas são mais “seguras”. Gaiolas estas como as da religião, da paixão, do status, da profissão, dos prazeres do sexo, das tradições familiares, das filosofias, das ciências, das amizades, etc., parecem nos trazer certo prazer e segurança. É interessante que ao mesmo tempo em que desejamos ser livres, temos pavor desta tal liberdade. É como aquele pássaro que por anos preso a uma gaiola, quando livre e solto, e não sabendo o que fazer retorna para ela. Porque ser livre requer andar, pensar e voar para lugares que muita das vezes as gaiolas não querem que andemos, pensemos e voemos. E, assim, como verdadeiros “pássaros humanos”, preferimos a prisão porque ser livre poderá nos fazer seres de verdade. Mas nós temos verdadeiro horror de vivermos a nossa essência e realidade.

Danilo D
Enviado por Danilo D em 16/02/2017
Reeditado em 16/02/2017
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