História do negro no Brasil

     A história sempre foi escrita pelos vencedores. Depois da globalização, rede social, TV a cabo os fatos começaram a ter a possibilidade de serem discutidos. Hoje falamos de tabus, engenharia social com toda liberdade.
 
     A Dissertação de Doutorado de José Antônio dos Santos, Doutor pela PUC-RS (2010) de título " COMO NUNCA SE VIU NA HISTÓRIA DESTE PAÍS: HISTÓRIAS NEGRAS NO PÓS-ABOLIÇÃO BRASILEIRO." Traz uma desconstrução da conhecida história negra e nos leva a perceber que tudo que foi falado não passou de um "conto de fadas", (Foram realizadas descobertas que nos mostraram que, ao mesmo tempo em que o fim da escravidão definia e estendia os direitos de cidadania para todos, eram criados mecanismos sutis, cotidianos, que solapavam desde o direito de estudar até as pequenas propriedades conquistadas pelos negros. José Antônio dos Santos - Anpuhrs - Unifra). Falar deste assunto com tamanha liberdade poderia gerar a exclusão da pessoa do meio social ao qual estava inserido, mais ainda no ápice do Médico Cirurgião Robert Knox de Edimburgo que foi o mais importante cientista racial da Inglaterra no século XIX que mostrou a sua desumanidade ao ser perseguido por cumplicidade no assassinato de mais de 20 pessoas destinadas aos seus estudos. Hoje até se discute a teoria de Sigmund Freud, "As afirmações de Sigmund Freud em vários aspectos não poderiam gerar resultados, se não para o século XIX, pois ele não tinha a tecnologia necessária para afirmações tão complexas". Então falar que é necessário a construção de uma verdadeira história negra não é um absurdo. Bom saber que os celebres manipuladores, construtores de nossas visões iniciais de vida em sociedade estão mortos e enterrados, mas muitos prestam-se em manter bem vivos seus movimentos de manipulação social e entre eles está a lei do silêncio sobre tais assuntos.  Definitivamente cabe bem observar o texto da página de ciência do Site terra : A história do pensamento racial aborda três grandes momentos históricos de evolução do mito da raça. O momento da sua invenção que se dá no século 19 com o racismo científico - que aparece como uma produção de intelectuais, de cientistas naturais e cientistas humanos, que serve à finalidade de estados, das nações europeias em suas expansões na África e na Ásia, com a finalidade da justificação de extermínio. Agência Brasil - Terra.com.
     Em meados dos anos 1950, a UNESCO recomendou que o conceito de "raça humana", totalmente não científico e que levava à confusão, fosse substituído por grupos étnicos, o qual insiste fortemente nas dimensões culturais dentro da população humana (língua, religião, costumes, hábitos etc). Todavia, as tentativas racistas persistem, como bem o demonstram os recentes debates sobre a publicação de "The Bell Curve" (1994), de Richard Herrnstein e Charles Murray, que afirmam ter estabelecido uma correlação científica entre "raça" (no caso, negros e brancos) e inteligência. Não por coincidência estas observações surgiram após a segunda guerra mundial.
     A história do negro tem que ser reescrita, pincelada, mostrada em sua verdade e tal como foi observado não só a história dos negros, mas também todos os fatos que demandaram ações de mudança de percepção da sociedade. Nenhum governante consegue se afastar da tentação de querer "desenhar" tudo com base na tinta de sua caneta. Realmente é brutal saber que ao frequentar bancos de escola existiu a possibilidade de  propositalmente sermos ensinados a partir de mentiras, mas assim é a política.