Os Zumbis da Gospelândia

Dialogango - Refletindo - Teologando

-Sobre a dialética entre oração e ação

-Sobre a prática do amor cristão

-Sobre alimentar efetivamente o faminto

Não acredito no poder de uma oração desassociada de uma ação inteligente pautada pelo amor. Não acredito que ocorra nenhuma comunicação entre o sagrado e quem ora, quando quem ora não o faz por amor. Amar implica em agir pra ajudar.

Se este menino dependesse apenas de receber orações barulhentas com imposições de mãos e banhos de óleo de unção, ele teria morrido de fome. Que grande equívoco, orar sem alimentar!O menino estaria morto, com certeza, se não tivesse recebido ajuda.

Mesmo porque, quem não é capaz de ajudar e, ainda, usa a oração como mecanismo de purgar esse fato, tanto diante de D'us, como da sociedade e de si mesmo, já morreu também.

Quem faz isso são os zumbis da Gospelândia. E gente morta gera mais gente morta. Pessoas assim são infrutíferas e jamais podem se quer preservar uma vida, quanto mais gera-la.

Quando não há nenhuma comunicação entre quem ora e quem devia receber a oração, então, orar é inútil. E não haverá comunicação se não houver amor. Por outro lado, se houver amor, haverá necessariamente atos de ajuda efetiva ao próximo.

Diante do faminto, qualquer ato religioso, inclusive a oração, é ato inútil, infame e indecente, quando não é seguido, ou precedido, por atos efetivos de ajuda, que verdadeiramente alimentem quem não tem o que comer.

Finalmente, declaro e reafirmo, a despeito de qualquer polêmica, desacordo ou desconforto, que possa causar a quem quer que seja: "Mãos que ajudam são mais importantes do que as mãos que oram"!

Patrícia Carnieto
Enviado por Patrícia Carnieto em 12/02/2017
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