A falta da dor!

Muitas vezes tomamos atitudes em relação ao outro que nos remete à pré-história, pois são sem razão e por isso, sem justificativas. Isso acontece quando falamos de cyberbullying, pois esse, mesmo com todas as justificativas e explicações ainda é difícil de ser aceito.

Sempre que falo de cyberbullying, falo de comunicação. Falo dessa facilidade e tamanha velocidade com que as informações giram na internet. Internet essa que possui dois principais papéis: o primeiro que é de entretenimento, lazer e diversão e um segundo que é de educação. Queiramos ou não ela atua como um agente educador na vida de todos.

O problema surge quando alguns adolescentes, talvez muito empolgados com tudo que ela oferece, passam a usá-la de maneira equivocada, ou seja, passam a usá-la para praticar o cyberbulliyng, pois não possuem ideia de sua dimensão, não fazem ideia da dor que conseguem causar ao postarem imagens ou mensagens direcionadas ao outro.

Só voltando um pouco no tempo, até a década de 80 nós praticamente não tínhamos internet aqui no Brasil e mesmo no mundo ela ainda estava ganhando forças, o que se sabe não demorou muito para acontecer. As pessoas eram conhecidas somente no ciclo familiar, nas escolas, nas igrejas, ou seja, nos locais mais frequentados por elas, mas para o resto do mundo eram anônimas.

Então qualquer acontecimento (uma discussão, uma festa, uma briga), tudo ficava restrito ao local e às pessoas ali presentes no momento. Hoje é diferente: a internet e as redes sociais conseguem em questão de milésimos de segundos, contatar com o mundo qualquer tipo de informação, independente se ela é ou não verdadeira. Essa falta de noção de perigo associada a crença em tudo que está publicado na internet têm levado muitos jovens a viverem situações de grande sofrimento.

É necessário lembrar que internet é um espaço público de convivência, portanto pessoas bem ou mal intencionadas podem usá-lo. Não menos importante é que como toda nova tecnologia, ela é essência ao mundo e o problema reside na sua forma de uso.

Por isso é necessário saber usá-la e lembrar sempre de respeitar o outro usuário, independente se conhecido ou não.

Sônia Maria dos Santos Araújo – Ms. em Educação

O RESPEITAR FAZ BEM!