Comunhão com a natureza

Com duas privadas em casa, uma convencional e outra das de agachar, entro na fossa na hora de obrar. Coisa ancestral?

A resposta, que josta, tá na sedução, paixão fatal pelo quintal. Árvores e arbustos de variado tamanho e forma, capinzal além da norma - e "...nessun dorma", como numa doce sinfonia, tudo se resolvia.

Vizinhança porém há, e à espreita sempre estará. De cá pra lá de lá pra cá, os fundos, por fezes e vezes imundos, de quintais se comunicam mais, entre uma e outra cerca, para que nada se perca e tudo se esterca.

O pseudo-cuidado com a invisibilidade, esse embuste, custe o que custe e que na horagá, ou de cagá, bem se ajuste. Bem se ache e se relaxe -é praxe. E que beleza, envolto pela natureza a ela se devolve o que a própria terra envolve e nela se revolve.

E, purgado, o intestino, grosso ou delgado, tudo absolve. Adubo, há do bom e, sem sacanagem, é tudo compostagem. Humanizada, mas todo

cuidado pra não se levar pedrada. Ou para que, a folha vegetal do asseio, impureza ou nervura não traga ao meio e se por má sorte urtiga for, que outra espécie, seja a que aparece, logo pinte para curar o acinte da anal, analgésica dor.

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 12/11/2016
Código do texto: T5821512
Classificação de conteúdo: seguro