A ganância e a incompetência dos Politicos Luz & Tanos dos ultimos 40 anos ou mais, eles destruiram aqui um dos Patrimônios Naturais da Península Ibérica - quiçás o MAIS LINDO VALE NATURAL de toda a Europa,  pois já tinha sido Certificado pela UNESCO vários anos  atrás. Contudo o LOBBY DAS MULTINACIONAIS DA ENERGIA JUNTO COM A FALSIDADE IDEOLÓGICA DE POLITICOS (INFELIZMENTE ALGUNS NATURAIS DESTA REGIÃO,  TÃO FERVOROSAMENTE CANTADA E DECLAMADA PELO IMORTAL POETA TRANSMONTANO MIGUEL TORGA)... tudo isto foi destruído à revelia do POVO que foi iludido com falsas promessas de Vigaristas - uns verdadeiros " Vendedores da banha da cobra"! 
De caminho eles - os mesmos de sempre - independentemente de ideologias partidárias deram sequência a uma privatização SELVAGEM a troco de uns "meros 30 dinheiros" pois se sabe hoje seguramente que... Quem destruiu tudo  isto, subiu na vida!... e quem disto precisava para sobreviver, acabou sem nada! - Lá continuam todos rumo à Emigração em busca de uma vida melhor.
E como se a desgraça no Vale do Rio Tua não bastasse, também a Linha do Tua - uma Ferrovia construída há mais de 100 anos por Homens e Mulheres que ali deram muito suor e lágrimas,  para a levar por 136 kms até Bragança, ela foi roubada descaradamente pelos mesmos de sempre, ou sejam os "donos do poleiro Alfacinha" que, refastelados em poltronas "Reais" e longe da tragédia deste Portugal Profundo,  quando lá vão ainda é só para gozar com a franqueza do POVO!...
Todavia, passe embora esta amargura esta nostalgia de um passado que já se foi, irremediávelmente eu vos deixo aqui o meu Poema que me acompanha desde então!


De: Silvino Potêncio  > Soneto ao Vale do Rio Tua!
 
Cantando escreverei por toda a parte,
Para que os “vendilhões” do templo aqui esculpido,
Nunca apaguem da memória esta Obra d’Arte,
Nem um passado de um tesouro aqui escondido!
 
Oh Rio Tua que já me levas nas tuas águas...
As lágrimas dessa Moira encantada em Mirandela,
Deixa-me ir contigo,  e  te darei as minhas mágoas,
Mas deixa-me as tuas veredas aqui tão belas!
 
No teu leito de saudade afundado eu fico triste,
E lentamente eu já te vejo ao longe e tão distante...
Já sinto tanta dor da lembrança porque partiste!
 
Junto comigo  quando era então apenas um Infante,
- Fui em busca da fortuna e da bem-aventurança,
Me perdi mundo afora, desde o tempo de criança!  
 
(in:Livro de "POESIAS SOLTAS" de SILVINO POTÊNCIO - Emigrante Transmontano em Natal-Brasil  )
 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 13/10/2016
Reeditado em 13/10/2016
Código do texto: T5790729
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