1- Gostaria de propor uma reflexão referente ao vandalismo que tanto tem sido criticado e sempre aparece nos discursos das autoridades quando comentam algo relacionado às manifestações populares que invadiram o Brasil.
Certamente há algumas pessoas que estão aproveitando a ocorrência dos protestos para destruir o patrimônio público, saquear lojas, queimar ônibus, cometendo atos criminosos.
Infiltrados ou não, esses indivíduos não sintonizam com a nobre causa que motiva as passeatas.
2- Todos os atos de vandalismo são efetuados por bandidos?
Não!
Há pessoas que não vivem à margem da lei, porém acreditam que a melhor forma de protestar é “quebrar o pau”.
Na concepção delas apenas repetir frases não basta.
Elas querem porrada.
Estão revoltadas e agem estimuladas pela revolta.
3- Isso é um absurdo, Ilmar!
Não tenho a pretensão de julgá-las.
Eu não recomendo essa forma de protestar.
Na minha opinião esse não é o melhor caminho.
Na opinião dessas pessoas, entretanto, esse é o melhor caminho.
Elas imaginam que essa é a forma que devem proceder.
4- Estão erradas?
Merecem a prisão?
Não é a discussão que me interessa agora.
Quero provar que há pessoas as quais praticam vandalismo, mas não são vândalos.
Reforçando o meu argumento, eu vou recordar um fato que um rapaz divulgou numa rádio de Salvador.
5- Um cidadão estava numa praça da cidade, na última quinta-feira, ao lado da mãe.
Um policial agrediu os dois com um spray de pimenta.
Ele confessou que, sentindo um enorme incômodo físico somado a uma forte indignação, tentou arrancar o telefone de um orelhão próximo.
O objetivo era revidar a agressão.
Ele disse que, na agonia do momento, teve uma reação instintiva.
O que surgisse na frente ele, sem pensar duas vezes, pegaria para jogar no policial.
Se alguém passasse e observasse ele destruindo o orelhão (a imagem acima mostra um orelhão quebrado), talvez o classificasse como um vândalo.
6- Claro que há pessoas quebrando isso e aquilo voluntariamente, sem inalar gás algum.
Uns quebram tentando se defender conforme aconteceu com o rapaz citado acima.
Outros quebram porque curtem destruir, querem criar o clima de pavor (esses são os autênticos vândalos).
Um grupo quebra simplesmente porque está revoltado.
Se não pode dar um soco no rosto do prefeito, opta por quebrar orelhões.
Independente do motivo, nós podemos concluir que há pessoas que quebram orelhões ou qualquer outra coisa, mas não pertencem ao grupo dos baderneiros.
7- Os noticiários, globais e similares (no final todos imitam a Globo), sempre ressaltam os denominados atos de vandalismo.
Quase nunca ou poucas notícias falam sobre os abusos da polícia.
Há vários relatos revelando que as confusões de Salvador começaram após as agressões dos policiais.
À medida que os manifestantes se aproximaram da nova Fonte Nova, as agressões covardes começaram.
Muitos saíram correndo, no entanto vários decidiram revidar.
A reação mais habitual dos valentes é atirar pedras.
Esses que ousam revidar podem ser denominados vândalos?
8- O meu jovem sobrinho, que estava numa manifestação, desabafou:
“Ilmar, a polícia está sendo violenta pra caramba, a imprensa não divulga e, quando divulga, manipula a notícia.”
Eu vi reportagens locais exibindo cenas de policiais agredindo os manifestantes com total covardia e brutalidade.
Enquanto isso, as câmeras exclusivas globais apenas mostram os detalhes dos ataques realizados pelos temíveis vândalos.
9- Não pensem que eu estou apoiando o vandalismo e a baderna.
Nada disso!
Somente peço que tenhamos cuidado com o que vemos e ouvimos.
Há uma reflexão bastante oportuna que ninguém realiza.
10- Esquecendo as manifestações, os atos de vandalismo e tudo mais referente a esse momento de clamor popular, imaginemos o quanto de violência verificamos nos dias “normais”.
Recentemente queimaram dois dentistas.
Todos os dias o número relativo a roubos de carros assusta.
Várias pessoas são assaltadas o tempo todo.
Os assassinatos ocorrem constantemente.
Enfim, a violência, antes das manifestações, já existia.
11- No Brasil morrem mais pessoas do que nas guerras.
Vale a pena indagar:
Se há multidões nas ruas, por que a violência desapareceria?
A causa da violência está comigo, contigo, com todos.
Nós somos violentos.
Numa sociedade violenta, é óbvio que ocorrerá violência.
12- Evitemos falar sobre as ações de vandalismo como se, sem os protestos dos jovens, vivêssemos numa floresta encantada cercados por fadas e duendes.
Acorda, pessoal!
O governo e a imprensa safada gostam de ficar repetindo que está ocorrendo atos de vandalismo.
É uma das estratégias que eles utilizam almejando diminuir a força do movimento atual.
13- Sabemos que a maioria dos manifestantes quer a paz.
Quanto aos baderneiros, não é possível evitá-los nesse momento.
Seria bom que eles não existissem, no entanto eles existem.
Encaremos a realidade conforme ela é.
14- Eu compreendo demais que lastimem e condenem as atitudes de vandalismo, mas o assunto principal precisa ser outro.
O fundamental, nesse instante, é aplaudir os protestos da juventude, incentivá-los e colaborar para que eles terminem vitoriosos.
Um abraço!
Certamente há algumas pessoas que estão aproveitando a ocorrência dos protestos para destruir o patrimônio público, saquear lojas, queimar ônibus, cometendo atos criminosos.
Infiltrados ou não, esses indivíduos não sintonizam com a nobre causa que motiva as passeatas.
2- Todos os atos de vandalismo são efetuados por bandidos?
Não!
Há pessoas que não vivem à margem da lei, porém acreditam que a melhor forma de protestar é “quebrar o pau”.
Na concepção delas apenas repetir frases não basta.
Elas querem porrada.
Estão revoltadas e agem estimuladas pela revolta.
3- Isso é um absurdo, Ilmar!
Não tenho a pretensão de julgá-las.
Eu não recomendo essa forma de protestar.
Na minha opinião esse não é o melhor caminho.
Na opinião dessas pessoas, entretanto, esse é o melhor caminho.
Elas imaginam que essa é a forma que devem proceder.
4- Estão erradas?
Merecem a prisão?
Não é a discussão que me interessa agora.
Quero provar que há pessoas as quais praticam vandalismo, mas não são vândalos.
Reforçando o meu argumento, eu vou recordar um fato que um rapaz divulgou numa rádio de Salvador.
5- Um cidadão estava numa praça da cidade, na última quinta-feira, ao lado da mãe.
Um policial agrediu os dois com um spray de pimenta.
Ele confessou que, sentindo um enorme incômodo físico somado a uma forte indignação, tentou arrancar o telefone de um orelhão próximo.
O objetivo era revidar a agressão.
Ele disse que, na agonia do momento, teve uma reação instintiva.
O que surgisse na frente ele, sem pensar duas vezes, pegaria para jogar no policial.
Se alguém passasse e observasse ele destruindo o orelhão (a imagem acima mostra um orelhão quebrado), talvez o classificasse como um vândalo.
6- Claro que há pessoas quebrando isso e aquilo voluntariamente, sem inalar gás algum.
Uns quebram tentando se defender conforme aconteceu com o rapaz citado acima.
Outros quebram porque curtem destruir, querem criar o clima de pavor (esses são os autênticos vândalos).
Um grupo quebra simplesmente porque está revoltado.
Se não pode dar um soco no rosto do prefeito, opta por quebrar orelhões.
Independente do motivo, nós podemos concluir que há pessoas que quebram orelhões ou qualquer outra coisa, mas não pertencem ao grupo dos baderneiros.
7- Os noticiários, globais e similares (no final todos imitam a Globo), sempre ressaltam os denominados atos de vandalismo.
Quase nunca ou poucas notícias falam sobre os abusos da polícia.
Há vários relatos revelando que as confusões de Salvador começaram após as agressões dos policiais.
À medida que os manifestantes se aproximaram da nova Fonte Nova, as agressões covardes começaram.
Muitos saíram correndo, no entanto vários decidiram revidar.
A reação mais habitual dos valentes é atirar pedras.
Esses que ousam revidar podem ser denominados vândalos?
8- O meu jovem sobrinho, que estava numa manifestação, desabafou:
“Ilmar, a polícia está sendo violenta pra caramba, a imprensa não divulga e, quando divulga, manipula a notícia.”
Eu vi reportagens locais exibindo cenas de policiais agredindo os manifestantes com total covardia e brutalidade.
Enquanto isso, as câmeras exclusivas globais apenas mostram os detalhes dos ataques realizados pelos temíveis vândalos.
9- Não pensem que eu estou apoiando o vandalismo e a baderna.
Nada disso!
Somente peço que tenhamos cuidado com o que vemos e ouvimos.
Há uma reflexão bastante oportuna que ninguém realiza.
10- Esquecendo as manifestações, os atos de vandalismo e tudo mais referente a esse momento de clamor popular, imaginemos o quanto de violência verificamos nos dias “normais”.
Recentemente queimaram dois dentistas.
Todos os dias o número relativo a roubos de carros assusta.
Várias pessoas são assaltadas o tempo todo.
Os assassinatos ocorrem constantemente.
Enfim, a violência, antes das manifestações, já existia.
11- No Brasil morrem mais pessoas do que nas guerras.
Vale a pena indagar:
Se há multidões nas ruas, por que a violência desapareceria?
A causa da violência está comigo, contigo, com todos.
Nós somos violentos.
Numa sociedade violenta, é óbvio que ocorrerá violência.
12- Evitemos falar sobre as ações de vandalismo como se, sem os protestos dos jovens, vivêssemos numa floresta encantada cercados por fadas e duendes.
Acorda, pessoal!
O governo e a imprensa safada gostam de ficar repetindo que está ocorrendo atos de vandalismo.
É uma das estratégias que eles utilizam almejando diminuir a força do movimento atual.
13- Sabemos que a maioria dos manifestantes quer a paz.
Quanto aos baderneiros, não é possível evitá-los nesse momento.
Seria bom que eles não existissem, no entanto eles existem.
Encaremos a realidade conforme ela é.
14- Eu compreendo demais que lastimem e condenem as atitudes de vandalismo, mas o assunto principal precisa ser outro.
O fundamental, nesse instante, é aplaudir os protestos da juventude, incentivá-los e colaborar para que eles terminem vitoriosos.
Um abraço!