SUPREMA VERGONHA PARA O RS
     Os gaúchos costumam ter muito orgulho dos seus motivos culturais, históricos, políticos, econômicos e sociais. Entretanto, de uns tempos para cá, principalmente com a assunção de grupos descomprometidos com um poder público eficiente e atuante em prol do bem-estar coletivo, tudo vem se deteriorando num ritmo impressionante. E não se diga que é coisa da direita porque a pretensa esquerda representada pelo PT e pelos seus genéricos estava no poder até há pouco tempo fazendo seus estragos com a tal corrupção necessária.
     Pois o sequestro da administração pública por um bando de neoliberais, como ora se dá em Porto Alegre, está rendendo frutos venenosos. A área cultural que o diga. Já não bastava o desmonte da comunicação e da cultura perpetrado pelo governo de José Ivo Sartori, o prefeito Nelson Marchezan Júnior está deixando os serviços municipais ao léu. São muitos os casos, mas vou exemplificar com este aqui, que envolve o governo estadual também.
     Na foto, o que se vê é que, um dos pontos turísticos da Capital, a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) está sendo invadida em sua área de acesso por um esgoto a céu aberto que vem da rua lindeira, a Andradas, conhecida como Rua da Praia. Isso é uma vergonha, um acinte que não tem nenhuma justificativa a não ser a inépcia dessa gente para gerir as demandas da coletividade. A prefeitura não toma a atitude de consertar e o Estado não toma a atitude de cobrar o conserto da avaria. O resultado é que um cheiro insuportável afasta os frequentadores do local e os funcionários e permissionários têm que trabalhar em condições sub-humanas. Evidentemente que o secretário estadual da cultura, Victor Hugo, meu conhecido de longa data e igualmente sumido há um bom tempo do cenário político-cultural, de novo não deu as caras. Nesse entremeio em que os órgãos públicos não se comunicam entre si para sanar o problema, o esgoto sai de uma área municipal e entra em uma área estadual sem cerimônia. Trata-se de uma integração às avessas. Pobre cultura, refém de mercenários, de sacripantas, de néscios e de saqueadores das esperanças alheias.
Landro Oviedo
Enviado por Landro Oviedo em 17/10/2017
Reeditado em 17/10/2017
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