Uma suposta conversa de Górgias Com Nietzsche.

Caro Nietzsche.

Você disse que não existem verdades, o que há mesmo são interpretações.

Entendo perfeitamente o vosso pensamento.

Influenciado profundamente por Schopenhauer.

As interpretações como demandas dos desejos.

O que são os desejos, a vontade do domínio.

O mundo tão somente ideologizações culturais.

Mistificações miméticas.

Representações, interpretadas.

Todavia, nada é possível em referência a própria compreensão das coisas.

A resposta é simples senhor Nietzsche.

A reprodução terrível de um cotidiano parcelado.

Eu diria o ser não é o ser.

Pelo fato de nada ter existência.

O absurdo dos absurdos a afirmação de sua existência.

O que somos quando sequer existimos.

A defesa da destruição cultural de um mundo frágil cristianizado.

O vosso anticristo.

A ideologia do super homem e as transvalorações culturais.

O eterno retorno de todas as coisas.

Portanto, a minha afirmação categótica.

Epistemologicamente.

Nada existe, porque nem o ser ou o não ser.

Não são dados empíricos.

O quem existe é a inexistencia.

A fantasia das causalidades.

Os juízos são impossíveis, pois resultam de irrealidades.

A não existência do ser.

Todavia, se existisse alguma coisa, seria essencialmente irreal.

Motivo pelo qual realidade da inexistência.

Não há dados empíricos senhor Nietzsche.

O mundo possivelmente uma ficção.

Você procura compreender o que estou lhe explicando.

A ficção da vossa existência.

Qual é a sua realidade.

Eu lhe pergunto, você existe ou não senhor Nietzsche.

Se sua sombra imaginativa ficou no passado.

Entretanto, o passado não é existente.

Tão somente o instante.

Compreenda o que estou lhe explicitando sinteticamente.

A fortiori, a SUA dialética.

Qual é o vosso mundo.

A não ser um fluido esgotado no espaço.

Do mesmo modo, no tempo.

Sem relação complexa com o futuro.

Portanto, não é possível saber a verdade, muito menos a mentira.

A razão do vosso desespero.

Combater deus qual a razão da vossa ideologia.

Quando nem mesmo as palavras existem.

Quando não representam a realidade.

Portanto, a verdade não é existente.

Razão pela qual sua lógica não é inteligível.

O que seria racional, os dados sensíveis.

Porém, também não são reais.

Pois a única realidade é o vácuo.

Rarefeito pela anti-matéria.

O infinito interminável e vazio.

Os anti-átomos, supostamente quânticos.

Nietzsche as demais coisas serão o contínuo desaparecimento.

Você e a sua filosofia.

Nesse momento até mesmo a sombra do vosso fluindo.

Esqueça tudo e seja o desaparecimento.

A eternidade, o resquício do nada.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 18/10/2017
Reeditado em 18/10/2017
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