LAMPARINA SEM AZEITE

Dentro da noite, um grito

vindo de minh’alma

faz-me perder a calma,

deixando-me bastante aflito.

A lamparina sem azeite

apagou a luz da noite

e por entre chibatadas e açoites

seguia magra a vaca sem leite.

Assim como eu, a vaca, em destroços,

caminhava triste estrada afora

em sentido ao seu calvário.

Onde a esperar por nossos ossos

as covas numa última aurora

aguardavam-nos com seus sudários.

Nova Serrana (MG), 8 de janeiro de 2008.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 15/09/2017
Código do texto: T6115442
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