SERPENTEIO ENTRE RIMAS

Aceito a solidão como companhia
Caminho pela rua, cidadela vazia
Repito pela noite a mesma poesia
Ode ao insano que sou no mundo
Serpenteio entre as rimas, liturgia
Tateando o meu abismo profundo
Imito uivo de lobo torturado e só
Cravejado direto na alma sem dó
Abandonado pelo amor e na pior
Não sei se eu tenho alguma saída
Deve ser hoje meu retorno ao pó
Ocaso tão sinistro para uma vida


 
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 22/06/2017
Reeditado em 22/06/2017
Código do texto: T6034628
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