Paz

Esvai-se, devagar, o dia solitário,

e sem sofreguidão, a minha paz degusto.

Não há temor ou dor, não há tristeza ou susto,

apenas o correr da vida e seu fadário.

Do sonho que sonhei em meu viver primário,

colhi o fruto bom, às vezes de alto custo,

no entanto percebi valor excelso e justo

quando da vida fiz altar e santuário.

Nas santas mãos de Deus deitei as esperanças,

em cálices de fé sorvi as minhas dores,

e o rito da oração tornou as horas mansas.

Esvai-se, devagar, a minha primavera,

mas guardo, com fervor, os votos precursores

e em Deus reconheci o amor que ao mal supera!

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 14/05/2024
Código do texto: T8063075
Classificação de conteúdo: seguro