Beleza Humana

Victor nunca foi, digamos, um exemplo de beleza exterior em pessoa; não tinha estudos, mal sabia desenhar as letras do próprio nome; suas mãos eram calejadas pela enxada, sua pele tinha um tom dourado, castigada pelo sol interiorano. E as suas roupas? Meu Deus, quase não tinham mais cores definidas do quão velhas eram! Embora tivesse apenas 17 anos, aparentava estar na casa dos 30.

Fizesse chuva ou fizesse sol, despertava todo santo dia às 05 da manhã; trabalhava feito um condenado em troca de uns trocados que entregava para a mãe para ajudar no orçamento da casa.

A sua sina era difícil, mas nunca reclamava da rotina, pelo contrário, era agradecido pelo pouco que tinha.

Coitadinho daquele jovem! Não tinha tempo para nada, muito menos para se apaixonar.

Desde o seu nascimento, a vida não facilitou as coisas para ele, entretanto, era honrado e honesto; era visível a beleza humana em cada gesto do simplório e pobre rapaz do campo.

Gabi Alves
Enviado por Gabi Alves em 17/05/2024
Reeditado em 17/05/2024
Código do texto: T8064857
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