EFEITO FESTA

Francisco de Paula Melo Aguiar

Uma vez passado o efeito festa junina, o campo minado da política terá lugar para o período das convenções políticas e partidárias.

É a festa da democracia para escolher os menos ruins para tirar o osso da boca dos piores.

E o eleitorado como parte do todo ou seja da população é o juiz de fato por um ou dois minutos, assinando a sentença se obrigando a pagar os impostos diretos e indiretos dos gordos salários dos eleitos e das obras sonhadas e não realizadas, salvos as obras de ficção não científicas de efeito são risal.

Isto mesmo, porque "a democracia não é um sistema feito para garantir que os melhores sejam eleitos, mas para impedir que os ruins fiquem para sempre", no dizer de Margaret Thatcher (1925-2013), ex-primeira ministra do Reino Unido.

Uma vez "escolhidos" os candidatos por suas "igrejinhas", os santinhos tomaram contas dos ares, ruas e avenidas da cidadela, seus becos e guetos nunca lembrados ou visitados.

O voto é o capim que alimenta a corrupção e a ação da democracia do povo, para o povo e pelo povo, enquanto "utopia" para armar e desmontar o palanque de tudo que funciona ou não, inclusive a vida alheia.

O povo sabe qual andor vai carregar nos próximos quatro anos e com cuidado, porque o "santo" é de barro.

Que confusão? Todos pré-candidatos disputando o melhor lugar durante a romaria em forma de procissão, onde a religiosidade é maior do que a fé que os alimentos.

As reformas estruturantes, a começar por todas às áreas que envolvem a gestão pública, poderá ser feita se a situação de hoje for realmente despedida nas urnas, mesmo assim, isto ocorrendo, o executivo dependerá do legislativo, porque quem tem "mesa" não come no chão ou seja, quem não tem a maioria não faz às leis e a procrastinação é de terra arrasada durante os próximos quatro anos, salvo se negociar o inegociável, comprar ou cooptar o legislador carente de tudo, porque esta é a prática corrente de que todo pingo d'água vai para o riacho e todo riacho vai para o rio que vai parar no meio do mar, por analogia a canção "Riacho do Navio", segundo o cantor e sanfoneiro Luiz Gonzaga, de saudosa memória.

Aí vem o resultado final da pesquisa popular da urna, antes das vinte horas do dia da eleição, quem ganhou, ganhou e quem perdeu, perdeu. Até a próxima eleição.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 20/05/2024
Reeditado em 20/05/2024
Código do texto: T8066977
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