Me diga, velho amigo

Diga amigo, o que mais encontrar?

Tu quase sempre esteve insatisfeito

Mas veja, nem mesmo você é perfeito

Morreu sufocado, rodeado de ar

Tão irreal essa tua procura de amar

Como se o amor tivesse teu trejeito

A tua frustração inalada em teu peito

Procuras em vão sempre a quem culpar

Gostaria de não pensar: “te avisei”

Mas foi tirano, soberano e rei

Esmagou a todos em teu caminho

De nada me alegra teu vil fracasso

Talvez um dia junto a ti no cansaço

Esperando para morrer sozinho