EXPURGO

Quanto mais lhe doía, escrevia

Nas letras imprimiam todo seu avesso

Assim que se despiu pra eles

Enquanto lhe doer as estranhas da alma

Haverão versos sofregos e honestos

Tuas vestes caem

Tuas peles saem

E se faz poesia

Da tua dor mais doída

Nasceram as tempestades

Que mais tarde limpam o céu

A felicidade nunca lhe foi companhia

Quando sorri silencia teu caos

Ahhh mas quando chora tudo se clareia

E de teus olhos limpam a sujeira

Pra ser verdade nua num papel

Thaís Mendes
Enviado por Thaís Mendes em 16/05/2024
Código do texto: T8064771
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