A Poesia Morta.

A Poesia Morta.

Em seu falecimento a Poesia deixou uma carta.

Caros amigos de A a Z, no trânsito da vida para óbito deste que vos escreve, devo ressaltar o perecimento dos versos naquela noite de extinção. Ao criar com entusiasmo cada linha, com angústia, pesar, vir-me desolado pelas palavras sentidas do olhar castanho.

Perdi o valor que levava-me a fazer prosas enquanto afagava seus cabelos, hoje no tormento de não vê-la, mortificado pela tristeza resolvi partir.

Ass: A Poesia.

As palavras impressas na carta mexeu com os Acrósticos, amigo íntimo das pautas diluída deste que se foi. O Artigo chorava sem pausas, pontos finais, ou, reticências, as Crônicas, os Contos, o Cordel, perdido sem rimas ficavam vagando sem sentido algum.

Após o descer da urna na vala fria, Orações foram cantadas, no pensamento a Petrix ensaiava um soneto de letras músicais em um breve adeus, fecharam a cripta, na lápide uma escrita:

"Aqui jas toda beleza da escrita, em sua memória, deixaremos mensagens para gerações futura."

" O Amor é uma junção de letras cuja forna abriga rimas livres para aprisionar-mos entre a ponta da pena e o papiro. "

Ao final do velório a Elegia em silêncio olha entristecido a última composição.

Texto: A Poesia Morta.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 14/05/2024 às 23:40

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 15/05/2024
Código do texto: T8063372
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