Só no Curu mesmo.

Uma de nossas bases era anfitriã, a outra de uma terra distante. Aquelas ruas, o cheiro e o ar, o canto das aves, a cor do céu, a vista das serras distantes, o aroma das águas do rio, o som da correnteza nas pedras, o olhar do homem do campo, a batalha nos olhos dos mais antigos, o flash dos momentos no contexto das crianças. Todas essas maravilhas retratam um lado pacato e a vida simples e bela daquela antiga cidade.

O nosso lar era simples e não queríamos destaques, foi difícil conquistar pois eles batalharam muito, o que importava era continuar a vida e o prazer do ofício para seguir em frente. Foram desgastantes altos e baixos com todos aqueles vizinhos, pessoas de olhares desconfiados que não passavam confiança, uma gente que constratava com a natureza daquela terra. Falácias, piadas, fofocas basicamente eram o vocabulário de quase todos alí, um pedaço de rua onde não se via uma felicidade mútua, onde a miséria das oportunidade mostrava o prazer em ver o outro na pior.

Infelizmente alguns males são herdados, os praticantes das humilhações por causa da aparência ou da localidade de onde morava, refletiam o tipo de gente que foram os seus recentes antepassados. Era interessante como eles se entendiam, sempre pensei com relação a isso, acredito que não se encontrava isso em nosso perfil, como ainda não se encontra. A relação deles é agravante até hoje, pois as redes sociais dos próprios expõe isso, aquele tipo que ver o prazer no pior do outro, os grupinhos vindos das surgeiras, os que só olham para o próprio umbigo, pouquíssimos alí não vieram disso.

A velha política sempre está presente, formando uma arquitetura básica dos porcos que tornam essa gente como gado e as mantêm dentro dessa cultura horrível do egoísmo. Aqueles que escaparam deste celeiro conseguem observar de longe a visão limitada do povo andando em círculos. É uma série de repetições de quatro em quatro anos, no qual os filhotes dos porcos agregam lavagem para sí, e desfrutam daquilo que os curuenses jamais viram. Enquanto o seu vocabulário de mente pequena controla a maneira de como vivem, as brigas por questões miseráveis de um povo sedento, expõem os seus olhos famintos.

Anderson L Lima
Enviado por Anderson L Lima em 01/05/2024
Reeditado em 01/05/2024
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