Versos Que Fluem Da Alma

Versos Que Fluem Da Alma

Letra: Vanoci Marques

Eu sou a chuva que cai

Se esparramando na terra

O gado alçado que berra

Lá no fundo da invernada,

Sou noite de pirilampos

Som de tropel de cavalos

E a sinfonia dos galos

Ao romper da madrugada.

Eu sou um índio pampiano

Criado em pleno rigor

E um campeiro laçador

Que acerto em toco de guampas,

Sou léguas de alambrado

Margeando os corredores

E o sol processando as cores

Na vegetação da pampa.

Sou a cambona que chia

No fogo lá do galpão

E um alarido de peão

No auge da chimarreada,

Sou galo bom cantador

Ternura de amor paterno

E o frio que deixa no inverno

Os campos brancos de geada.

Sou guarnição da fronteira

E as praias do litoral

Deste rio grande bagual

Um velho poeta novo,

Sou verso que flui da alma

Pra verdade cultivar

Pois aprendi a escutar

A voz que emana do povo.

Marques José
Enviado por Marques José em 14/05/2024
Código do texto: T8063087
Classificação de conteúdo: seguro