A grande máquina da solidariedade

 

A chuva já parou, mas a água ainda sobe. Agora, vejo que está nos 9,28 metros no Jacuí. Havia estacionado nos 7,94 metros. Subiu 1,34 metros desde o sábado. Aqui na minha rua, ainda bem, até o final da tarde não chegara nas casas de onde recuara, de quando atingiu os 11,32 metros. Torçamos.

 

Por volta das 13 horas um imenso helicóptero do Exército aterrissou no Estádio Municipal João Guerreiro de Souza, o popular Campo do Baratão (apelido do prefeito Aldo Moreira, em cuja gestão o estádio foi construído), na rua José Rui de Ruiz. Cheguei ali e os militares, de verde-escuro, junto com o pessoal da Defesa Civil, de azul-claro, descarregavam cestas básicas, que o povo, já em fila, carregava até os vestiários. Lindo de se ver, toca a gente. Quando findaram os donativos, o pessoal começou a bater palma para os soldados.

 

O portento começou a rodar rapidamente suas hélices e um vento descomunal varreu as gramas do campo, se alguém tivesse ficado perto seria derrubado, com certeza. Tive de me agarrar nas telas, enquanto minha bicicleta caiu. Não conhecia helicóptero tão grande e jamais sentira o seu poder. Uma maravilha do prodígio humano a serviço das pessoas. Pensar que, na Ucrânia e em Gaza, máquinas como essa são usadas para gerar horror e morte. No Rio Grande do Sul, geram esperança e vida. O helicóptero da solidariedade, jamais esquecerei esse momento. Pena meu celular estar sem carga na hora, não pude registrar, mas era parecido com esse da foto acima.

 

Um bom final de semana para todos. Cuidem-se, ajudem-se, vivam e fiquem com Deus.