Personalidade
Não me comove
As inverdades,
Aparentes, solúveis,
Enganosas, ludibriosas,
Que enfeitam,
Como colares,
E com um sopro
Da realidade
Caem ao chão.
Meros enfeites,
Tolos adornos,
Que não servem
Não brilham os olhos
Nem acendem o coração.
Sou ser concreto,
Sem futilidades,
Fugindo da superficialidade,
Em farelos de ilusão.
Não participo de palcos,
Em encenação do tipo manada,
Sigo a minha estrada,
Fiel aos valores,
Desfrutando os sabores,
Sem o gosto amargo
Da corrosão.
Conecto
Com sensibilidade,
Inconsistência
Não agrada.
Bom mesmo
É sinceridade.
Conivente
Com a razão,
E coerente
Emoção.
Abstraindo
Atitude vazia
Que não colabora
Em nenhuma alegria.
Observo
A real sensação
Longe do desagrado,
Perto do sagrado,
Com personalidade
Me guardo!
Um revide de amor
E de emoção
Ao que merece
Toda a minha ação.
E necessita da minha
Empática atenção.
Com defeitos,
Não ouso ser perfeita
Quem a isso se sujeita
Está no caminho
Da enganação.
Sou de verdade.
E cada um terá de mim
Irrefutável versão...